
08 DE JUNHO DE 2018
"A saúde em Piracicaba continua precária; tinha melhorado na gestão passada, mas, na atual, neste um ano e cinco meses, vem piorando", disse o vereador à TV Câmara.
Trevisan durante entrevista ao "Primeiro Tempo", da TV Câmara, na noite desta quinta-feira
Em entrevista ao vivo ao programa "Primeiro Tempo", da TV Câmara, na noite desta quinta-feira (7), o vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) listou um conjunto de fatores que apontam, segundo ele, a piora na saúde em Piracicaba.
A falta de médicos na rede pública, a redução no número de leitos, o funcionamento apenas parcial do Hospital Regional e a demora no atendimento nas unidades do município foram alvos de críticas do parlamentar, que voltou a cobrar ações do Executivo.
"A saúde em Piracicaba continua precária; tinha melhorado na gestão passada, mas, na atual, neste um ano e cinco meses, vem piorando, porque faltam médicos nas UPAs e nos Programas de Saúde da Família e leitos hospitalares ––até porque diminuiu o número de leitos: comparado a 2013, o último índice, de 2017, mostra que perdemos 34 leitos. É uma prova inequívoca de que a saúde piorou", disse Trevisan.
A criação de uma comissão de estudos, na Câmara, que se debruce a analisar a situação do setor pode ser um caminho para aumentar o tom de cobrança sobre o governo municipal, segundo o parlamentar.
"O principal objetivo é poder investigar o Executivo. Temos o dever de fiscalizar, propor ações para melhorar a saúde de Piracicaba. A pessoa não pode morrer, ficar esperando 5, 6 dias para ser internada. É um ato criminoso desta administração", disse o vereador, para quem o prefeito Barjas Negri (PSDB) "não faz nada para melhorar esse sistema".
Trevisan também fez críticas à proposta enviada pelo Executivo à Câmara autorizando o município a receber resíduos sólidos de 31 cidades da região. "Isso é muito grave. Foi Piracicaba que fez o aterro para tratar o seu lixo e agora o prefeito quer mandar para esta Casa um projeto que amplia a coleta de lixo, [trazendo o] da região toda para a nossa cidade. Isso é correto? Não, é péssimo, é uma artimanha jurídica para favorecer uma grande empresa. Vou atuar contrariamente e espero que todos os vereadores reflitam na hora da votação", afirmou Trevisan.