Em mais um discurso crítico à reforma da Previdência proposta pelo governo federal, o vereador Matheus Erler (PTB) avaliou que a PEC 6/2019 representa “demonstre do Estado Social de Direito e do regime geral da previdência social” no País. O parlamentar ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores de Piracicaba durante a 17ª reunião ordinária, na noite desta quinta-feira (4).

“A PEC não altera somente o regime social, mas também haverá consequentes mudanças nos regimes próprios”, disse, ao lembrar que as alterações devem afetar os institutos de previdência dos Estados e municípios. Erler voltou a afirmar que não há déficit na Previdência. “E isso quem diz são os auditores que cuidam das contribuições e publicam os relatórios”, informou Matheus Erler. 

O vereador criticou a proposta do governo em aumentar a idade para aposentadoria de 60 para 62 mulheres e 65 anos para homens. “Mas se vocês acham que isso é ruim, é ainda pior”, disse. Ele lembrou que, no novo sistema, haveria aumento da idade mínima de acordo com a expectativa de vida do brasileiro. Além disso, condenou a proposta de mínimo de 20 anos para se obter a aposentadoria. 

“Eu não preciso nem falar que quem vai sofrer com isso serão as mulheres, que ainda terão aumento na cidade”, disse. Erler informou também que a aposentadoria por tempo de contribuição estaria extinta. “Assim como o BPC (Benefício de Prestação Continuada para atender quem vive em miserabilidade vai reduzir a R$ 500 e, ainda, não será a partir dos 65, mas somente a partir dos 70”, disse.