16 DE AGOSTO DE 2022
Ana Pavão utilizou os 10 minutos regimentais durante reunião ordinária da noite desta segunda-feira (15)
Ana Pavão (PL)
A situação da saúde pública em Piracicaba foi amplamente debatida pelos vereadores durante o expediente da 33ª reunião ordinária de 2022, realizada na noite desta segunda-feira (15). Os vereadores denunciaram os problemas ocasionados pela falta de médicos na cidade e a necessidade urgente de uma solução por parte do Executivo.
Ao ocupar a tribuna, pelo período regimental de 10 minutos, a vereadora Ana Pavão (PL) fez um apelo ao prefeito Luciano Almeida (sem partido) para que um projeto seja enviado à Câmara para deliberação dos vereadores e que seja dado encaminhamento aos problemas de saúde no município. “Nós não temos o que fazer, a não ser votar um projeto que venha do prefeito”, afirmou a vereadora.
Ana Pavão relatou que os médicos que trabalham nos prontos socorros estão dando “o máximo deles” e não conseguem dar conta da demanda que chega. Segundo a vereadora, uma das consequências da falta de médicos na cidade é que as PSFs (Programa de Saúde da Família) e UBS (Unidades Básicas de Saúdes) não estão dando conta de fazer a prevenção. “Se eu não cuido de uma coisa que pode se complicar, todo mundo vai precisar ir no pronto socorro, que é urgência e emergência, mas a população só tem esse lugar para ir”, disse.
A vereadora também relatou que a empresa privada para fazer a administração dos médicos em Piracicaba já recebeu quatro notificações e foi multada por não cumprir o contrato. “Nós estamos pagando para essa empresa fazer a administração e quando não tem médico eles alegam que não tem quem chamar. Você foi contratado, já foi pago, tem que ter médico, honre o compromisso que você fez no contrato”, criticou.
Durante sua fala, a parlamentar citou exemplos de pacientes que precisaram pagar para ser atendidos em hospitais porque não havia médicos no SUS. Ela esclareceu que hospitais como Santa Casa e Fornecedores de Cana não são “porta aberta” para receber urgência e emergência de pacientes do SUS, a não ser via regulação. “Tem que passar pelo pronto socorro e ele manda para o hospital, isso foi estipulado desde que o SUS existe”, explicou.
A fala completa da vereadora pode ser assistida no vídeo presente na matéria.