Na 16ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, realizada na noite desta segunda-feira (31), foi aprovado o requerimento 263/2025, da vereadora Rai de Almeida (PT). O documento solicita ao Executivo informações detalhadas sobre o mapeamento dos produtores locais, com foco na agricultura familiar no município.

Ao apresentar a proposta, a parlamentar destacou a relevância econômica e social da agricultura familiar no Brasil, citando dados do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023, divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), em parceria com o Dieese e o IBGE.

De acordo com o levantamento, o Brasil conta com 3,9 milhões de propriedades de agricultura familiar, que representam 77% dos estabelecimentos agrícolas e são responsáveis por 23% do valor bruto da produção agropecuária nacional.

Durante sua fala, Rai destacou que Piracicaba possui presença significativa de produtores familiares e defendeu a importância de se conhecer, de forma precisa, o perfil e a quantidade desses trabalhadores no município. Segundo ela, é necessário saber se existe um relatório ou cadastro com a totalidade dos produtores rurais familiares em Piracicaba, qual o total dos produtores, quais programas e incentivos são oferecidos pelo Executivo, se existem políticas públicas voltadas à permanência dos jovens no campo e qual a quantidade de alimentos que essa produção gera localmente. 

“Temos em Piracicaba uma agricultura familiar bastante representativa. Precisamos desse mapeamento para entender como estão organizados os produtores, quais são suas necessidades e como o poder público pode apoiá-los com mais eficácia”, afirmou. 

A discussão também contou com manifestação da vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo “A Cidade é Sua”. Ela relembrou ações desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Sema) em gestões anteriores, como o programa das hortas urbanas, patrulha agrícola e o Tritura Pira — iniciativa que tritura podas de árvores e distribui o material para pequenos produtores.

“Sabemos que a Sema fez um excelente trabalho na gestão passada, onde o alimento era a peça-chave. É fundamental que esses programas continuem, pois temos uma zona rural extensa e com muitos produtores pequenos que precisam de apoio constante”, pontuou.