A adoção de sistema informatizado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Rezende “por meio da implementação do novo software SISS Saúde já ligado às informações do cartão Pira Cidadão, que está substituindo o cartão azul do SUS municipal” é questionada em requerimento de autoria do vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, aprovado na noite desta quinta-feira (9) na 27ª Reunião Ordinária. 

O parlamentar, no texto do requerimento 577/2024, fala que o sistema “não teria sido eficaz e eficiente, conforme já demonstrado na realidade vivenciada diariamente pela população e relatado anteriormente através de outros documentos pertinentes”.

Ele questiona, então, os motivos que levaram a Prefeitura a adotar o sistema informatizado e, na sequência, indaga “por qual motivo a Municipalidade não realiza as devidas melhorias no local como as manutenções prediais ao invés da implantação de um sistema caro e que no momento não traz benefícios à população?”. O parlamentar também pergunta se foram feitos estudos para verificar a viabilidade da implantação da tecnologia.

Cássio Luiz Barbosa, em discurso na tribuna, falou que a UPA da Vila Rezende necessita de reparos e melhorias e estruturais, e disse que o estado da unidade é “lastimável” e “insalubre”, com “pacientes nos corredores tomando medicamentos. Crianças e adultos”.

“Eles vão colocar tecnologia e tapar o sol com a peneira, porque o que precisa ser feito mesmo não está sendo feito. Os funcionários, quando chove, estão trabalhando com “pingueira”, caindo em cima de computadores e em cima deles. Quase todos os quartos ali [estão] mofados. Chamamos atenção do secretário e esperamos que algo seja feito realmente com rapidez”, acrescentou.

Laércio Trevisan Jr. (PL), que na sequência também subiu à tribuna para justificar seu voto favorável ao requerimento, exibiu um vídeo gravado por munícipe que mostra diversos pacientes aguardando atendimento na unidade. 

“Que modernização foi essa que este governo e o anterior fizeram? Nenhuma! Deixou a coisa andar do jeito que andou e hoje quem está pagando é a população que espera de 4 a 7 horas para ser atendida. Hoje à tarde isso… aconteceu lá na Vila Rezende, assim como acontece na Sônia, no Piracicamirim e na Vila Cristina. Está engessado o sistema”, falou Trevisan Jr. 

“Realmente precisa ser feito alguma coisa. Trocam-se secretários na Saúde e as coisas não melhoram. Estou tento agendar com o secretário, mas ele não tempo”, disse o vereador Zezinho Pereira (União Brasil). 

O requerimento, agora, segue para o Executivo, que tem prazo de 15 dias para encaminhar as respostas à Câmara.