05 DE ABRIL DE 2024
Software implantado nas unidades de saúde apresenta falhas e atrasos
Cássio Fala Pira (PL)
Informações sobre a “ineficácia” do novo Sistema de Software de Saúde, denominado “Siss Saúde” implantado nas unidades de saúde de Piracicaba” são solicitadas no requerimento 411/2024. De autoria do vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, o requerimento foi aprovado, em regime de urgência, na 17ª Reunião Ordinária de 2024, nesta quinta-feira (4).
Segundo o autor do requerimento, a Prefeitura de Piracicaba contratou um novo software de saúde chamado "Siss Saúde" por R$ 6,3 milhões, válido por 24 meses. O intuito da contratação era melhorar o uso dos registros médicos, substituindo o cartão azul do SUS municipal pelo prontuário eletrônico vinculado ao cartão Pira Cidadão.
No entanto, o software apresenta uma série de problemas em sua utilização e operação, resultando em atrasos consideráveis no início dos atendimentos médicos. “Isso tem gerado insatisfação entre os cidadãos, que buscam um atendimento de qualidade e humanizado, mas acabam enfrentando dificuldades devido aos problemas do sistema”, explicou o vereador.
Cássio Fala Pira salienta que a contratação do “Siss Saúde” está aumentando os gastos da cidade “sem trazer melhorias reais” e que é necessária uma quantidade maior de médicos para atender e auxiliar a população.
O parlamentar também criticou as respostas do Executivo ao requerimento 170/2024, que tratava do mesmo assunto. Segundo ele, as respostas informaram que o município está gastando mensalmente uma “quantia substancial” de R$ 260.644,66 em um sistema de saúde “considerado ineficaz”.
Ele destacou que, ao exercer o poder de fiscalização, esteve presente em várias unidades de saúde e constatou que o sistema não estava funcionando novamente. “Isso mostra que, em vez de melhorar, o sistema que deveria trazer avanços tecnológicos para a cidade está, na verdade, atrasando o atendimento à população e causando longas esperas”, criticou.
O requerimento 411/2024 solicita esclarecimentos sobre a falta de cobrança de melhorias ou rescisão contratual devido às más condições do serviço prestado pelo sistema; a ausência de técnicos disponíveis 24 horas nas Unidades de Saúde para auxiliar no uso do sistema; a falta de eficácia e eficiência do serviço em relação ao valor pago; e se o sistema atende às expectativas de eficiência em serviço conforme contratado pelo Executivo.
Na discussão do requerimento, durante a reunião ordinária, Cássio Fala Pira expressou indignação com o fato de a prefeitura ter gasto 6,3 milhões de reais em um sistema que não funciona adequadamente. Já o vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) expressou preocupação com a falta de melhorias na saúde em Piracicaba, apesar da troca do sistema de saúde. Ele destacou que o tempo de espera nos UPAs passou de quatro para oito horas.
A vereadora Silvia Morales (PV) relatou que compartilhou que seu gabinete, anteriormente com poucas demandas na área da saúde, passou a receber um grande volume de solicitações. A vereadora expressou seu repúdio à situação da saúde pública em Piracicaba e demonstrou preocupação com os desafios enfrentados pelos cidadãos na busca por atendimento médico adequado.