O retorno presencial das aulas na rede municipal de ensino, previsto para o dia 8, motivou a vereadora Rai de Almeida (PT) a formular o requerimento 103/2021, direcionado à Secretaria Municipal de Educação. Ela quer dados sobre a estrutura e preparação das unidades, oferecimento de EPIs (equipamentos de proteção individual) e testagem dos servidores nos últimos fins de semana de janeiro. A propositura foi aprovada nesta quinta-feira (4), na 2ª reunião ordinária.

Rai pergunta qual a garantia e o compromisso que a secretaria assume em relação ao fato de unidades escolares e os servidores terem, em tempo hábil, todos os EPIs e demais materiais necessários para cumprimento dos protocolos de prevenção ao novo coronavírus.

Sobre os exames de Covid-19 aplicados nos servidores, no último fim de semana de janeiro, ela questiona a efetividade de aplicação dos testes, levando em conta que as aulas presenciais retomam em 8 de fevereiro. Ela diz que, evidentemente, estes testes não servem como “a expressão da realidade do contágio entre os integrantes da comunidade escolar no momento da retomada das aulas”.

Ainda sobre a testagem rápida, a vereadora quer saber quanto foi gasto, qual a empresa contratada e também qual a validade de se comprar e se utilizar testes cuja eficácia é duvidosa quando se precisa aferir, com segurança, qual servidor está ou não contaminado.

A Secretaria Municipal de Educação terá de responder à parlamentar a estratégia adotada para garantir que cada unidade escolar será capaz de atender a 100% dos alunos divididos, que estarão divididos nos três dias de aulas e obedecendo à porcentagem de 35% de alunos por sala. Rai pergunta como será feita a divisão.

Há, também, o questionamento sobre a forma como a secretaria ouviu e informou os professores e servidores das unidades escolares ––e também os pais–– sobre o processo de volta às aulas. “Qual a validade pedagógica de se obrigar a alunos e alunos a retornarem às aulas apenas uma vez por semana?”, indaga.

A vereadora quer saber qual a adequação feita no protocolo de cuidados e que deverá agora ser executado e se há reconsiderações a serem feitas no processo e nos protocolos. “Servidores públicos que atuam nessas unidades estão procurando por este gabinete, para expressar preocupação e denunciar que muitas unidades escolares ainda não estão devidamente estruturadas com EPIs e demais materiais necessários para que os protocolos de segurança sejam cumpridos com máximo rigor”, justifica ela, no texto da propositura.