O vereador Gustavo Pompeo (Avante), que é relator da CPI do Caso Jamilly, apresentou detalhes do relatório final da comissão durante a 16ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, realizada na noite desta segunda-feira (1º). O documento já foi divulgado ao público durante entrevista coletiva à imprensa realizada no último dia 18.

“Um dos nossos trabalhos é dar publicidade a esse trabalho”, enfatizou Gustavo Pompeo. Ele detalhou que ao longo de seis meses de atuação, a CPI colheu 34 depoimentos, envolvendo profissionais que atuam na UPA Vila Cristina, na Santa Casa, no Samu, além de ter buscado informações com representantes das vigilâncias municipal e estadual e do conselho de enfermagem. “Foram mais de 37 horas de gravação”, acrescentou.

O relatório da CPI fez um relato minuto-a-minuto sobre o atendimento da menina Jamilly Vitória Duarte desde o momento em que ela chegou à UPA Vila Cristina, traçando alguns pontos de possíveis falhas no encaminhamento e procedimentos que ela deveria ter recebido. “Há algumas contraposições e possíveis erros, além de divergências nos prontuários da Santa Casa e do Samu com aquele que foi redigido na UPA”, destacou.

Dentre as possíveis falhas, está o fato da menina, que foi vítima de uma picada de escorpião, ter sido encaminhada para sala de observação, ao invés da sala de emergência, quando chegou na UPA Vila Cristina. Embora os profissionais de saúde tenham relatado a dificuldade em obter o acesso venoso na criança, ela só recebeu o soro antiescorpiônico quando chegou na Santa Casa.

“Mas na UPA foram dadas baixa de quatro ampolas (do soro antiescorpiônico)”, disse Gustavo Pompeo, ao lembrar que a divergência gerou uma diligência realizada pelos membros da CPI.

Além do relator Pompeo, a CPI também foi composta pelo vereador Acácio Godoy (Avante), presidente; e pelos membros Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira; Pedro Kawai (PSDB) e Paulo Camolesi (PSB).