Ao comentar os 41 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores, completados nesta quarta-feira (10), a vereadora Rai de Almeida (PT) relacionou os feitos dos 14 anos em que a legenda governou o país, com Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016) e os comparou com a gestão do atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido).

"O PT tem uma longa trajetória de luta por direitos e participação popular e, no governo federal, fez uma política de defesa da democracia e soberania nacional: criou o Prouni, que deu oportunidade a filhos de trabalhadores irem para a universidade; criou a cota para a população afrodescendente; tirou o Brasil do Mapa da Fome; criou políticas públicas para a igualdade racial, de gênero e para a população LGBTQI+", listou, em fala durante a 4ª reunião ordinária, nesta quinta-feira (11).

Rai lamentou que a gestão Dilma Rousseff tenha sido interrompida "por um golpe midiático, jurídico e parlamentar". "E o golpe continua em curso: embora o PT tenha sido condenado publicamente como se fosse responsável pela quebra do país, foi ele que deixou nos cofres públicos reservas de US$ 380 bilhões, que estão sendo queimadas pelo atual governo, que, ao invés de ter políticas públicas para mudar o país, o tem afundado na miséria, na fome, na morte."

A vereadora criticou os gastos do governo federal em itens alimentícios destinados ao Exército. "Enquanto a população de rua, a fome, o desemprego e a morte aumentam, vemos milhões de reais gastos na compra de leite condensado, toneladas de carne e bebidas alcoólicas pelas Forças Armadas, fora todos os desmandos da família Bolsonaro."

Sobre a vacinação contra a Covid-19 em Piracicaba, Rai questionou o critério da administração Luciano Almeida (DEM) ao optar pela rede de farmácias Drogal para a continuidade da campanha e criticou o não-aproveitamento da rede municipal de saúde para tal fim. "Esse desvio, de sair do serviço público para a iniciativa privada, não seja uma medida de desqualificação do serviço público. O que temos visto é o sucateamento do público, para justificar a privatização", disse. "É o SUS que tem dado todo o suporte para o atendimento do coronavírus. Se não fosse o SUS, as mortes seriam dobradas", completou.