Promotor de eventos lamenta morte de sua mãe, por possível negligência médica
O promotor de eventos, Fabrício Ricardo Bassa (23) ocupou a Tribuna Popular da Câmara, na reunião ordinária de hoje (12/02/07) para lamentar os fatos ocorridos nas (...)
O promotor de eventos, Fabrício Ricardo Bassa (23) ocupou a Tribuna Popular da Câmara, na reunião ordinária de hoje (12/02/07) para lamentar os fatos ocorridos nas dependências do pronto-socorro do bairro Piracicamirim, na semana passada, que vitimou a sua mãe, Maria de Lurdes Conceição Bassa (61) após espera de 3h para receber atendimentos médicos.
Fabrício Bassa críticou o sistema de saúde municipal. Disse que no pronto-socorro do Piracicamirim são dois médicos para atender mais de 300 pacientes por dia.
Também apelou ao prefeito municipal Barjas Negri (PSDB) para olhar mais a saúde do que obras, rotatória e colocação de placas.
A fala de Fabrício Bassa suscitou a participação de vereadores como o presidente da Câmara, João Manoel dos Santos (PTB), José Aparecido Longatto (PSDB), Walter Ferreira da Silva, o Pira (PMDB), José Pedro Leite da Silva (PL), que se prontificaram a resguardar o expediente da reunião ordinária de segunda-feira, dia 26 de fevereiro onde o secretário de Saúde, Fernando Cardenas falará da saúde pública em Piracicaba. Além de sinalizarem a realização de audiência pública para avaliar o problema da saúde.
No transcorrer da reunião ordinária, por volta das 20h35, o vereador José Aparecido Longatto repassou ao plenário um telefonema do prefeito Barjas Negri, que ao ouvir a fala de Fabrício Bassa disse que fará sindicância interna na Prefeitura para rever o caso no pronto-socorro do Piracicamirim.
Em matéria publicada no Jornal de Piracicaba, edição do dia 09 de fevereiro de 2007, a notícia alertava que a paciente esperou 3h para ser atendida no PS.
O tempo de espera para ser atendido no pronto-socorro Piracicamirim gerou queixas de pessoas que estavam na unidade ontem.
A reclamação foi feita à CAL (Central de Atendimento ao Leitor) do Jornal de Piracicaba por Fabrício Ricardo Bassa, 23, promotor de eventos.
Bassa, que reside no bairro Castelinho, disse que chegou ao pronto-socorro com a mãe Maria de Lurdes Conceição Bassa, 61, que estava com falta de ar e tremedeira às 10h50. Ela foi atendida às 13h40.
Após uma hora de espera – às 11h50 – foi buscar informações sobre a demora no atendimento. ``Só havia dois médicos para atender mais de 50 pessoas``, disse.
De acordo com o promotor de eventos, durante as quase três horas em que permaneceu no PS, três ambulâncias levaram pacientes à unidade. ``Minha mãe foi atendida às 13h40. Saímos do pronto-socorro às 14h15, e o local ainda estava lotado``, falou.
Outra reclamação é da dona-de-casa Maria Aparecida Silva, 51, que mora no Cecap 2.
Ela conta que chegou ao pronto-socorro às 10h55, quando havia dois médicos na unidade, mas só um estava atendendo, o outro estava em horário de almoço. ``Esperei mais de duas horas para ser atendida. É preciso que seja tomada uma providência``.
A matéria do Jornal de Piracicaba alertou que ``em entrevista ao JP a diretora técnica dos médicos do pronto-socorro Piracicamirim, Andréia Inácio Luz, 35, disse que a unidade conta cinco médicos – três clínicos gerais e dois pediatras. Um dos clínicos está em férias``.
A maior atenção médica dispensada aos 15 pacientes internados no PS foi usada como justificativa pela diretora para a demora no atendimento.
Segundo Andréia, a unidade recebeu um paciente de emergência com fratura e houve registro de um óbito. Ela ressaltou que casos de urgência e emergência sempre são prioridade. ``Mas todos pacientes são atendidos, é só ter um pouco de paciência``.
RESPOSTA – O Centro de Comunicação Social da Prefeitura de Piracicaba informou que a demora no atendimento ocorreu devido à diferença da complexidade dos quadros clínicos de cada paciente.
Comunicou também que, até às 16h de ontem, foram feitos 118 atendimentos clínicos e pediátricos. Desses, 34 foram casos de emergência. O órgão informou que os dados descaracterizam a superlotação. O pronto-socorro atende em média 340 pessoas por dia, concluiu a matéria do Jornal de Piracicaba.