PIRACICABA, SEGUNDA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2024
Visita virtual acessível
Página inicial  /  Webmail

04 DE ABRIL DE 2019

População pede ronda, psicologia e arte contra violência nas escolas


Audiência pública partiu de iniciativa da vereadora Coronel Adriana (PPS), autora do requerimento 253/2019



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (1 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Audiência pública aconteceu na noite desta quarta-feira (3)

Audiência pública aconteceu na noite desta quarta-feira (3)
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (2 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Professor Rogério Ceregatto, da Escola Felipe Cardoso

Professor Rogério Ceregatto, da Escola Felipe Cardoso
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (3 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Kellen de Oliveira, diretora da Escola Pedro Moraes Cavalcante

Kellen de Oliveira, diretora da Escola Pedro Moraes Cavalcante
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (4 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Paulo Camolesi, ex-vereador

Paulo Camolesi, ex-vereador
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (5 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Airan Prada, jornalista e músico

Airan Prada, jornalista e músico
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (6 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Roseli Godinho da Silva, professora da Escola Estadual Mello Cotrim

Roseli Godinho da Silva, professora da Escola Estadual Mello Cotrim
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (7 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Fabrício Colezi, do Movimento Direita Piracicaba

Fabrício Colezi, do Movimento Direita Piracicaba
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (8 de 15) Salvar imagem em alta resolução

José Ferreira Mattos, vice-presidente da Associação dos Moradores do Sol Nascente

José Ferreira Mattos, vice-presidente da Associação dos Moradores do Sol Nascente
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (9 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Regina Michelin, líder comunitária do bairro Anhumas e Pau d’Alhinho

Regina Michelin, líder comunitária do bairro Anhumas e Pau d’Alhinho
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (10 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Professor Lauriston Elias Floriano, da Escola João Sampaio

Professor Lauriston Elias Floriano, da Escola João Sampaio
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (11 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Inspetor Ronaldo Milani, subcomandante da Guarda Civil

Inspetor Ronaldo Milani, subcomandante da Guarda Civil
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (12 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Major PM José Golini Júnior, coordenador operacional do 10º BPMI

Major PM José Golini Júnior, coordenador operacional do 10º BPMI
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (13 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Ângela Correa, secretária municipal de Educação

Ângela Correa, secretária municipal de Educação
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (14 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Coronel Adriana é a autora do requerimento 253/2019

Coronel Adriana é a autora do requerimento 253/2019
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 (15 de 15) Salvar imagem em alta resolução

Fábio Negreiros, dirigente estadual de Ensino

Fábio Negreiros, dirigente estadual de Ensino
Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Audiência pública aconteceu na noite desta quarta-feira (3)






Durante a audiência pública sobre violência nas escolas, quarta-feira (3), foram registradas nove intervenções do público que acompanhou o debate na Galeria do Plenário Francisco Antonio Coelho. Foi pedida a ampliação da ronda escolar e do Proerd (programa da PM de prevenção às drogas), assim como parceria com cursos de psicologia e discutido o papel da arte na educação.

Convocada pelo requerimento 253/2019, a audiência pública foi iniciativa da vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (PPS), motivada pela tragédia no último dia 13 de março, na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), quando dois adolescentes invadiram a unidade e mataram oito pessoas, entre alunos e educadores, e depois cometeram suicídio.

Professor da Escola Estadual João Sampaio, Lauriston Elias Floriano questionou qual a estrutura das escolas em perceber e dialogar com situações de violência entre os jovens. Ele disse que na unidade em que atua, são 350 estudantes e outros 100 da ETEC, mas possui apenas um inspetor de aluno, “o que torna o trabalho humanamente impossível”, acrescentou. 

Lauriston sugeriu que a Diretoria de Ensino e a Secretaria Municipal de Educação busquem parcerias com cursos de psicologia da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e da Faculdade Anhanguera, com o objetivo de levar discussões sobre bullying, família e amizade para dentro das escolas. 

Regina Michelin, líder comunitária dos bairros Anhumas e Pau d’Alhinho, pediu a finalização da construção do muro da Escola Felipe Cardosos. “Não temos segurança, com o muro baixo, facilita para os bandidos entregarem drogas”, disse ela, que também pediu pela ampliação da ronda escolar naquela região. 

Já o vice-presidente da Associação dos Moradores do Sol Nascente, José Ferreira Mattos pediu mais diálogo com pais e mães. “Às vezes, são realizadas palestras dentro dos conselhos dos professores, mas os temas ficam ignorados, porém eles precisariam chegar até os responsáveis pelas crianças”, disse. 

O integrante do Movimento Direita Piracicaba, Fabrício Colezi, defendeu o resgate dos “valores morais, ética e das famílias conservadoras”. Ele condenou as agressões a educadores, ao informar que a Escola João Conceição foi capa de jornal por conta do assunto em três oportunidades. Pediu, ainda, maior controle na entrada e saída dos estudantes. “O maior medo de um pai e de uma mãe, hoje em dia, é o envolvimento do filho com drogas e tráfico”, disse. 

Roseli Godinho da Silva, que é professora da Escola Estadual Mello Cotrim, elogiou o trabalho do Proerd, realizado pela PM. Mas disse que o programa não chega a algumas escolas da periferia, como Augusto Saes, Jehtro Vaz de Toledo, Manassés Ephrain Pereira e João Sampaio. “A ronda escolar tem papel importante, mas não atende o principal objetivo, a meu ver, que é fazer a entrada e saída dos alunos, quando há maior fluxo de pessoas”, disse. 

Jornalista e músico, Airan Prada ressaltou a arte como “forma de educar as pessoas”. Criticou o que definiu como “ataque aos valores artísticos, sobretudo por algumas vertentes políticas”, e salientou que a arte é fundamental para construir a percepção social do indivíduo. “O que Município e Estado estão fazendo, em termos de ação efetiva, para estimular a arte”, perguntou. 

O ex-vereador Paulo Camolesi questionou sobre o trabalho de inteligência da polícia para conseguir identificar eventuais planos para crimes em escolas. “Semana passada, a Interpol descobriu um jovem na Baixa Fluminense preparando um ataque, existe forma de antecipar uma desgraçada desta?” 

A diretora da Escola Pedro Moraes Cavalcante, Kellen de Oliveira, aproveitou o espaço para destacar o trabalho da escola do bairro Dois Córregos, em que há parceria com a comunidade. Ela salientou, no entanto, que como muitos problemas dos alunos vêm da família, “vão além da nossa alçada”, disse, ao avaliar que “a maior dos estudantes são a parte positiva da escola”. 

O professor Rogério Aristides Ceregatto, da Escola Estadual Felipe Cardoso, sugeriu maior controle na entrada e saída das escolas. “Quando você chega em um prédio, você entrar em área fechada, se identifica e depois se dirige ao local”, disse. Ele também acredita que uma maneira de ampliar a segurança é separando a entrada dos estudantes com a comunidade externa às escolas.

Os questionamentos da população foram respondidos pelos representantes das escolas, o dirigente estadual de Ensino, Fábio Negreiros, e a secretária municipal de Educação, Angela Correa, assim como o Major PM José Golini Jr., coordenador operacional do 10º BPM e o inspetor Ronaldo Milani, subcomandante da Guarda Civil Municipal.



Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337
Imagens de TV:  TV Câmara
Edição de TV:  Comunicação


Legislativo Adriana Nunes

Notícias relacionadas