Audiência Pública visando a discussão de podas de árvores em Piracicaba, em especial aquelas localizadas próximas às fiações elétricas e de telefonia foi realizada nesta terça-feira (12), às 19h, no Plenário da Câmara Municipal de Piracicaba. O evento foi transmitido ao vivo pela TV Legislativa nos canais 4 da NET, 9 da Vivo e 11.3 na TV aberta, além das redes sociais da Câmara e do site oficial do Legislativo.

Foram quase duas horas de discussões, em análises sobre legislações e procedimentos que a administração municipal tenta disponibilizar ao cidadão, mas que nem sempre contemplam as carências do setor. Como encaminhamento final da audiência pública foi destacado a importância de novas agendas entre o poder público, entidades ambientais e a CPFL, para discutir o universo de pelo menos 1300 árvores problemáticas na cidade.

Na audiência foram convocados o secretário municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente (Simap), Ronaldo Delfini Cançado, o consultor de relacionamentos com poder público da CPFL, Gerivaldo de Jesus Nunes e a secretária municipal de Governo, Tássia Elisa Espego Masiero Pires. Além dos convidados: prefeito Luciano Almeida (PP), representantes do Ministério Público do Estado de São Paulo, do conselho municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), Defesa Civil de Piracicaba, além de representantes das empresas de telefonia TIM, Vivo, Claro e Desktop.

De iniciativa do vereador Pedro Kawai (PSDB), autor do requerimento 1076/2024, a finalidade da audiência pública foi para obter informações sobre o cronograma e as práticas de podas de árvores em Piracicaba, especialmente em áreas próximas às redes de implicações elétricas e de telefonia. A medida visa prevenir problemas como os ocorridos recentemente na região metropolitana de São Paulo, onde quedas de árvores durante tempestades causaram interrupções no fornecimento de energia elétrica.

Audiência

O vereador Pedro Kawai destacou a importância do tema em debate, visto o grande aumento de demandas que chegam diariamente na Câmara, onde recentemente o seu gabinete recebeu inúmeros pedidos, principalmente em decorrência do que ocorreu em São Paulo, onde boa parte da população ficou sem energia. Também apresentou fotos, a exemplo de árvores problemáticas na avenida Luciano Guidotti, rua Augusto Teixeira, Mário Sturion, Fagundes Varela e outros locais da cidade.

Talita Pinotti discorreu sobre o papel diferenciado da CPFL, reforçando o foco da companhia para que se possa entender o atendimento na cidade, para não ocorrer como foi em São Paulo, onde mais de 2 milhões de imóveis ficaram sem energia em vários dias, onde 50% dos problemas foram em decorrência da queda de árvores. Também falou dos alertas da defesa civil, em trabalho de parceria com os municípios.

"Somos a terceira maior distribuidora de energia no país, com grandes marcos, em duração e frequência de energia para empresas que tem acima de dois milhões de clientes. Estamos em 234 municípios, este ano, com 5 milhões de clientes, levando conforto e segurança. Em Piracicaba foi inaugurado mais uma estação, na região do Vale do Sol", disse.

A representante do Comdema, Evelina destacou aspectos da lei complementar 251/2010, dos equipamentos urbanos, no tocante à preservação. "Há que haver interação entre os técnicos da CPFL e do Meio Ambiente. Tivemos problemas sérios em Piracicaba, lá no Santa Rita árvores foram suprimidas fora do local de fiação, sem lógica, cadê o acompanhamento do técnico da Simap. Para qualquer supressão há que ter técnico da prefeitura, coisa que não aconteceu com o projeto Piracicaba Mais Segura", disse.

O titular da Simap, Ronaldo Cançado destacou a importância de sinergia com a CPFL, reconhecendo a deficiência de técnico, onde já passou isso na equipe de transição. "Há que haver troca de ideia e parecer técnico, visando o trabalho mais eficiente", disse o Ronaldo, que ainda pediu mais atenção da CPFL para com o trabalho das terceirizadas.

Rogério Gonçalves, advogado, do setor de empreendedorismo, também se manifestou na audiência pública. "Existe mapa de contingência em Piracicaba?. Há laudos, fiscalização, acompanhamento?. Houve ineficiência de Luciano Almeida. Ceifaram árvore do Mirante que tinha mais de 20 anos. Há que haver plano de contingência", concluiu Rogério.