28 DE FEVEREIRO DE 2024
Escola do Legislativo teve, nesta terça-feira, a palestra "Eleições 2024: do planejamento à comunicação política de resultado", ministrada pelo estrategista Gilmar Arruda
Palestra destacou as etapas de uma campanha eleitoral, com foco na comunicação digital e na construção de imagem
Com a proximidade do pleito para a escolha de prefeitos e vereadores em todo o Brasil, em outubro, a Escola do Legislativo "Antonio Carlos Danelon - Totó Danelon", da Câmara Municipal de Piracicaba, promoveu, nesta terça-feira (27), a palestra "Eleições 2024: do planejamento à comunicação política de resultado", ministrada pelo estrategista de marketing político e eleitoral Gilmar Arruda.
Ele foi recepcionado pela conselheira da Escola e vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A Cidade é Sua. "A temática é muito importante, especialmente por ser um ano eleitoral", disse a parlamentar, ao fazer a apresentação e a abertura da palestra.
O evento abordou as etapas de uma campanha eleitoral, com foco na comunicação digital e na construção de imagem. "Eleição é um processo de construção permanente de imagem e reputação e cada um, tanto o candidato quanto o eleitor, está numa jornada", disse Gilmar Arruda, que apontou cinco fases fundamentais de um projeto político: construção da imagem e reputação, comunicação de resultado, poder do digital, mobilização e liderança política.
O estrategista explicou a diferença entre marketing político e marketing eleitoral, embora, como observou, o senso comum considere ambos como "comunicação, apenas". Ele pontuou que a comunicação é uma forma de relacionamento do marketing e, antes de colocá-la em prática, principalmente na política, é preciso que a pessoa tenha estratégias ao se candidatar, conheça o universo eleitoral e defina seu posicionamento.
Segundo o palestrante, um dos principais fatores determinantes para a definição do voto tem relação com a imagem que o candidato projeta. Gilmar Arruda observou que a imagem tem como objetivo gerar uma identidade e que as pessoas votam por "avaliações e ideologias". "A imagem é projetada através de atributos, principalmente em relação à capacidade de desempenhar determinada função", disse.
"Independentemente do que está acontecendo, as pessoas não mudam sua opinião sobre determinados fatos, principalmente sobre a preferência partidária", continuou Gilmar Arruda, que ressaltou que um candidato precisa construir sua "marca política" e que, hoje, poucos partidos têm a preocupação de possuir uma identidade partidária. "Apenas mudam de nome", avaliou.
Sobre comunicação digital, o estrategista disse que, dentro das redes sociais, é preciso definir públicos, as chamadas "personas", as quais constituem o público-alvo ideal que o candidato almeja e com o qual pode dialogar dentro do posicionamento político que está construindo. "É preciso segmentação e posicionamento", destacou, acrescentando a importância do uso de palavras-chaves que "despertem" o interesse no público escolhido.
Por fim, o palestrante disse que estabelecer um "canal imediato" com o público não é possível somente via redes sociais, mas também por meio do contato criado para se conectar com os eleitores. Gilmar Arruda enfatizou que o principal trabalho a ser desenvolvido por um candidato é feito "na rua". "Redes sociais são um amplificador de mensagens: se você não tem presença, você não constrói narrativas", ponderou.