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25 DE SETEMBRO DE 2018

Paulo Serra defende maior investimento em educação e respeito às leis


Vereador, que também é médico e esteve na Alemanha para obter qualificação obrigatória em sua profissão, apontou diferenças entre o país e o Brasil.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Paulo Serra ocupou a tribuna durante a reunião ordinária desta segunda-feira






Em seu retorno às reuniões ordinárias após os 30 dias em que precisou se afastar por motivos profissionais, o vereador Paulo Serra (PPS), que também é médico, fez observações a respeito da experiência que teve na Alemanha durante o período em que participou do curso obrigatório para a renovação de seu título de especialista.

O parlamentar apontou diferenças entre o comportamento de europeus e brasileiros. Ele citou como exemplo o fato de os passageiros de trens na Alemanha embarcarem nos vagões com os bilhetes previamente validados em máquinas (o procedimento é obrigatório para viajar), mesmo que os tíquetes não venham a ser conferidos pela fiscalização ––a multa em caso de flagrante descumprimento é de 90 euros, o equivalente hoje a R$ 450.

"Viajamos para o exterior e vemos que no primeiro mundo as coisas são diferentes; são respeitadas a cultura e a educação. Ninguém entra no trem sem o tíquete. Se insinuar qualquer coisa, você vai enquadrado. Temos que parar com esse jeitinho nosso, latino-americano, que só nos leva à desgraça, ao retrocesso", disse Paulo Serra, na tribuna, durante a 55ª reunião ordinária, nesta segunda-feira (24).

O parlamentar defendeu mais investimento em educação e respeito às leis. "Precisamos investir na educação, que é a base de tudo. Aqui as leis que temos não são cumpridas e as leis lá [na Europa] são mais rigorosas: um simples ato errado na rua, você paga multa no momento ou vai preso", comparou, para em seguida cobrar maior rigor na legislação brasileira.

Outros vereadores repercutiram a fala de Paulo Serra. Também abordando situação que viveu na Europa, Ronaldo Moschini (PPS) citou o exemplo de um país cujo metrô tem oito catracas para a validação do tíquete e duas livres para quem não pode pagar por ele. "E, por incrível que pareça, não passa ninguém na catraca livre. Será que no Brasil seria da mesma forma?", indagou.

Isac Souza (PTB) disse que gerações anteriores à atual estabeleciam relações com base na confiança. "Bastava a palavra e se fazia o negócio. O que se vê hoje é o desmantelamento, e uma série de situações levou as pessoas a perderem a confiança", refletiu.

Lair Braga (SD) destacou que, em outros países, políticos "têm salários irrisórios, pagam pelo aluguel de seus apartamentos e andam de bicicleta". "Essa cultura tem que ser colocada neste país também."

Pedro Kawai (PSDB) disse que, 25 anos atrás, quando viveu no Japão, também passou por experiência semelhante à relatada por Paulo Serra. "Ninguém entrava ou saía do trem sem pagar", afirmou, ao defender que "educação é o caminho para mudar o país". "Se não trabalhar de fato, não vai mudar nada", comentou.

PEIXE - A pichação do monumento em formato de peixe instalado na entrada de Piracicaba pela rodovia Luiz de Queiroz desencadeou comentários de vereadores após a fala de Paulo Serra.

Lair Braga questionou a falta de câmera de monitoramento. "Não é difícil resolver a questão." Adriana Cristina Sgrineiro Nunes, a Coronel Adriana (PPS), informou haver câmera nas proximidades, porém o equipamento está instalado do outro lado da rodovia. Moschini afirmou já ter sugerido a colocação de videomonitoramento nas proximidades.

André Bandeira (PSDB) defendeu que os pichadores paguem pela pintura. Marcos Addala (PRB) pediu punição aos pichadores. "Espero que o caso seja apurado e eles sejam punidos com muito rigor. É inadmissível."



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo Paulo Serra

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