Quarto orador a ocupar a Tribuna da Câmara, na 14ª reunião ordinária de ontem (25), por 10 minutos regimentais a que cada parlamentar tem para assuntos diversos, o vereador Paulo Campos (PSD) apresentou relato de atividades parlamentares e finalizou suas considerações reforçando o empenho de outros vereadores, a exemplo de Paulo Serra (PPS), em pedido de CPI e do vereador Laércio Trevisan Jr. (PR), que garantiu aprovação na criação de Comissão de Estudos para avaliar a situação do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), devido ao probema de abastecimento na cidade, com reflexo direto à população no tocante à falta constante de água e preços exorbitantes nas tarifas. 

"Se existe uma efetiva possibilidade, que assim o façamos, porque a situação do Semae é bastante delicada. O comerciante José Edvaldo Brito vem aqui e discute, com muita propriedade, muita hombridade, e não tem uma efetiva resposta da autarquia. São os reclamos que ocorrem no dia-a-dia nas sessões, todas as vezes aqui nós estamos nos debruçando em cima de situações em que a população nos procura, com pessoas que recebiam talões, já está dando conotação de perseguição, mas não é, a situação é calamitosa, necessita, sim, de uma providência, em relação à CPI. Se há um outro meio de aprovar a CPI, que assim o façamos, eu recebo todos os dias pessoas reclamando", disse Campos ao reportar aos anseios da população.

Campos citou o caso de uma senhora, a Dona Maria, do Jardim Glória, que recebeu uma conta no valor de R$ 1.400,00 sendo que tem como rendimento apenas o seu Benefício de Prestação Continuada, de um salário mínimo, sendo que ela não tem condições de pagar este valor ao Semae.

"Não é nada contra o presidente do Semae, não é nada contra, mas é uma questão que está se desgastando nesta Casa e não tem efetiva providência. Se há um mecanismo legal, porque não tomemos providência e tão logo façamos desta forma. Eu tenho certeza que muitas pessoas reclamando, fazendo reclamações, e isso compete a nós, nós temos esse instrumento, a CPI que foi votada aqui, respeito quem votou contra e quem votou a favor, vivemos em um País democrático de direito. Agora, o que não dá para aceitar é o que a população está sofrendo de modo demasiado. Vamos correr atrás", concluiu o parlamentar na defesa de novos caminhos para o processo de investigação no Semae.