Depressão na terceira idade, processo de envelhecimento, Estatuto do Idoso e primeiros socorros foram alguns dos tópicos abordados na última quinta-feira (6), na palestra “Cuidados Humanizados para pacientes idosos com Demência de Alzheimer”. 

Promovido pela Escola do Legislativo, este é o primeiro de oito encontros programados para discutir tópicos relacionados a velhice e acontecerão todas as quintas-feiras, de maneira presencial, no prédio anexo da Câmara, na rua do Rosário, 833, Centro. 

No primeiro encontro, esteve como palestrante Mirtes Maria Antunes, que é enfermeira, especialista em estratégia saúde da família pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), supervisora de estágio da Unip (Universidade Paulista) para graduandos de enfermagem, Pronatec, Universidade Brasil e curso de Cuidador de Idosos (desde 2012). 

Além dela, a palestra contou com a participação de Marli Aparecida Mellega Albano de Paula, graduada em Administração Pública e funcionária aposentada do Setor de Recursos Humanos da Câmara Municipal de Piracicaba. A diretora da Escola, vereadora Silvia Morales, do mandato coletivo ‘A Cidade É Sua’, foi quem fez a abertura. 

De acordo com Mirtes Antunes, é impossível falar sobre causas relacionadas aos idosos sem considerar a lei 10.741, de 1 de outubro de 2003, conhecida como o Estatuto do Idoso. “Essa lei tem a finalidade de proteger e fazer valer os direitos dos idosos, como por exemplo, o direito à vida, considerando idosa a pessoas com idade igual ou superior a 60 anos”, explicou. 

Além disso, a palestrante ressaltou que o Estatuto assegura habitação digna no seio familiar ou substituto. “Isso é para o caso de que esses idosos não tenham uma condição boa familiar e necessitem de uma vaga em um asilo ou lar onde ele possa ser acolhido. Isso é lei”, disse. 

Outro ponto levantado por Mirtes foi que o Estatuto também proporciona a gratuidade no transporte público e o pagamento da metade do valor cheio em casas de espetáculos, cinemas, shows e eventos culturais para quem tem mais idade. No entanto, ela destacou que se faz necessário pensar também na acessibilidade desses lugares. “Se a pessoa idosa possui um grau de dificuldade considerável, ela não conseguirá participar nesses eventos, caso não tenha uma rampa ou um lugar onde ela se apoie”. 

Nas ações municipais, a enfermeira explicou que as academias ao ar livre existentes nos bairros, foram pensadas como formas de prevenção das doenças advindas da idade, no objetivo de promover a saúde através dos exercícios físicos. “Essa é uma forma de combater a hipertensão, o sobrepeso e o colesterol alto com a prática de esportes e a busca por um estilo de vida mais saudável”, disse. 

Aos cuidadores de idosos, Mirtes enfatizou que é importante buscar por melhorias contínuas. “Somos sempre obrigados a nos reciclar. Não adianta ter um certificado, um diploma e dizer que sabe tudo. Até os médicos precisam se atualizar constantemente, pois tudo muda”.

O encontro foi acompanhado por alunos previamente inscritos pelo site da Câmara. A íntegra pode ser conferida ao clicar no vídeo que acompanha esta matéria.