
24 DE SETEMBRO DE 2019
Vereador utilizou seus cinco minutos como representante do partido, na 53ª reunião ordinária, para falar sobre o projeto de lei 435/2019
Moschini comentou projeto de lei 435/2019, de autoria da deputada estadual Janaina Paschoal
Durante o uso dos cinco minutos como representante do partido, o vereador Ronaldo Moschini (CID) defendeu o enfoque na disponibilização de informação as gestantes sobre os tipos de parto na lei 435/2019, de autoria da deputada estadual Janaina Paschoal. A lei 435/2019 permite que a gestante opte pelo parto cesariano a partir da trigésima nona semana de gestação, bem como pela analgesia, mesmo quando a gestante optar pelo parto natural.
O parlamentar comentou que na ocasião da votação da propositura sugeriu que houvesse uma Emenda ao projeto de lei, para que as gestantes adquirissem informações sobre o parto cesariano antes de optar por ele durante o trabalho de parto.
“Eu era contrário a dar a opção de escolha sem a disponibilização de conhecimento, sem dar informação. Eu tinha e tenho, a concepção de que toda a paciente até o quinto mês, até vinte semanas, deveria passar por um curso de orientação e informação”, comentou o vereador.
Moschini lembrou que o Brasil é considerado o segundo país em número de cesárias no mundo. Segundo ele, a falta de informação estimula o aumento do número de partos cesarianos, os quais aumentam as chances de infecção, de riscos, septicemia, morte, hérnias e deiscências. “ “Quando nos deparamos com uma cesariana que abre e a paciente fica dois meses internada no hospital, usando antibióticos caríssimos e vai para a UTI por uma septicemia, é muito triste”, disse o vereador. “Nós não vemos parto indo para a UTI, não vemos parto em septicemia. Tudo tem que ter critério, tem que ter conduta”, completou Moschini.
O parlamentar reforçou a importância da indicação do profissional especializado da área, o qual passa por níveis de aprimoramento como a graduação, residência médica, pós-graduação, mestrado e especializações. Defendeu a antecipação da analgesia que, segundo ele, é realizada em algumas maternidades. “As mulheres mais favorecidas vão as melhores maternidades e tem equipe de anestesia que faz peridural contínua com sete centímetros. Por que não podemos fazer no SUS? Podemos sim”, disse Moschini.
“Parto normal é parto natural. Sou a favor da cesariana? Sim, e muito, mas com indicação. Agora, farei o que a lei determina. Estou para cumprir a lei”, comentou o vereador.