19 DE FEVEREIRO DE 2019
Vereador exibiu, no telão do plenário, entrevista sobre o caso concedida pelo promotor Ivan Carneiro Castanheiro.
Longatto ocupou a tribuna durante a reunião ordinária desta segunda-feira
As ações que vêm sendo tomadas pelo Ministério Público para averiguar a real situação da barragem da represa de Salto Grande, em Americana (SP), mantida pela CPFL Renováveis, foram repercutidas pelo vereador José Aparecido Longatto (PSDB) na tribuna, durante a 5ª reunião ordinária, nesta segunda-feira (18).
O parlamentar exibiu, no telão do plenário, entrevista concedida na quarta-feira (13) pelo promotor de Justiça Ivan Carneiro Castanheiro. No mesmo dia, Longatto participou, em Americana, de evento que reuniu especialistas para tratar do assunto. "Conversamos com vários técnicos. A CPFL garante que o único problema que existia era uma comporta. Foi feita uma reforma, ela está em perfeito funcionamento e a barragem vai bem", disse o vereador.
No último dia 5, um inquérito civil para levantar informações relacionadas à barragem foi instaurado pelo Gaema (Grupo de Atuação de Defesa do Meio Ambiente), baseado em Piracicaba, onde Carneiro também atua junto com a promotora Alexandra Facciolli Martins, e pela Promotoria de Americana, da qual ele é hoje o titular.
O inquérito dá prazo de 10 dias úteis para a CPFL Renováveis, a Cetesb, o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica, do governo paulista), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a ANA (Agência Nacional de Águas) fornecerem informações sobre a barragem da represa de Salto Grande. Só a partir disso é que o cenário ficará mais nítido, segundo Carneiro.
"Se há ou não risco, é importante deixar claro que oficialmente o Ministério Público não tem nenhuma informação, nem positiva nem negativa, neste momento. Temos acompanhado junto a alguns órgãos e, em que pese as informações por enquanto serem extraoficiais, elas vão no sentido de que esses riscos já teriam sido sanados e estariam bem minimizados. Isso nos tranquiliza um pouco mais, mas, do ponto de vista formal, não nos permite conclusão nenhuma", afirmou o promotor, na entrevista.