O repórter fotográfico Davi Negri, que atuou por 34 anos como servidor público na Câmara Municipal de Piracicaba, no Departamento de Comunicação Social, será reconhecido com o Título de Piracicabanus Praeclarus. A homenagem foi sugerida pela vereadora Rai de Almeida (PT), no projeto de decreto legislativo 17/2023, aprovado em segunda discussão nesta quinta-feira (25), na 30ª Reunião Ordinária. A reunião solene ocorrerá no dia 27 de junho, às 19h30, no Salão Nobre Helly de Campos Melges.

Antes da votação, Rai de Almeida ocupou a tribuna da Câmara para justificar a propositura. “Conviveu conosco em diferentes momentos. Todos fomos destacados pelo seu trabalho, tem um currículo de serviços prestados a esta Casa e de outros préstimos feitos à sociedade”, disse ela, que teve seu primeiro mandato como vereadora no ano de 1989, quando Negri ingressou por concurso público na Câmara. Sua carreira começou no extinto jornal Diário de Piracicaba, em 1981.

Quem ainda enalteceu o trabalho de Davi Negri foi o vereador Gilmar Rotta (PP), que também relembrou do início da carreira do fotógrafo na Casa. “Na época, a máquina fotográfica era pequena, de rolinho de filme. Ele saia para fazer as fotos, foi montado um estúdio de revelação na Casa. Ficava horas e horas, além do horário de trabalho”, declarou.

A vereadora Silvia Morales (PV), do mandato coletivo A cidade é sua, disse que Davi Negri fazia questão de “trabalhar feliz, sempre alegre e animado, deixando a gente sempre mais bonita”.

O vereador Paulo Campos (Podemos) disse que a vereadora Rai teve a sensibilidade em propor a homenagem. “Sempre com sorriso no rosto, profissional dedicado e vocacionado”, declarou ele.

Davi Negri teve sua aposentadoria concedida em 28 de abril deste ano. Ele ingressou na Câmara Municipal de Piracicaba como repórter fotográfico em 1989, na recém-criada assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Piracicaba, hoje Departamento de Comunicação Social.

No texto do projeto de decreto legislativo, a vereadora menciona ainda alguns projetos desenvolvidos por Davi Negri, como a exposição fotográfica "O Tempo e a História", com imagens atuais do prédio da Escola Sud Mennucci, em 2022; a exposição "Janelas do Tempo – Mistérios Revelados", em parceria com o colega fotógrafo Fabrice Desmonts, em 2017; e a exposição fotográfica “Amandy, um retrato das enchentes”, junto de 10 fotógrafos, em 2011.

Pela Editora Senac, Davi Negri publicou o livro “Nosso Rio, Nossas Aves – Às Margens do Rio Piracicaba”, com informações e fotografias sobre 113 espécies das matas ciliares do rio Piracicaba, em conjunto com o colega Fabrice Desmonts e o biólogo Luccas Longo. Suas fotografias também ilustram os livros do jornalista e escritor Cecílio Elias Netto: “Piracicaba que Amamos Tanto”, “Piracicaba – Um rio que passou em nossa vida” e “Piracicaba – A Doçura da Terra”.

A foto de sua autoria, intitulada “Revivendo”, foi eleita entre as 40 melhores da América do Sul, no concurso Mercocidades. Órgãos de comunicação da imprensa nacional, como o Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo, também publicaram suas imagens. Em 2007, foi reconhecido como fotógrafo que mais contribuiu para o desenvolvimento da cultura da cidade de Piracicaba, com a medalha Artes Visuais e Fotografia Cícero Corrêa dos Santos.