A falta de médicos na unidade do PSF II (Programa Saúde da Família) do bairro Jardim Itapuã motivou o questionamento do vereador Cassio Luiz Barbosa, o Cássio “Fala Pira” (PL), autor do requerimento 681/2021, aprovado nesta segunda-feira (9), durante a 21ª reunião ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba. 

O parlamentar disse que o problema “não é novidade para ninguém” e que tem cobrado “duramente”. “Essas pessoas mais vulneráveis, as que mais precisam de saúde, estão abandonadas”, disse Cássio “Fala Pira”, ao enumerar a mesma situação ocorrendo em Santa Teresinha e no bairro Bosques do Lenheiro. 

Ele lembra que já se reuniu com o secretário municipal de Saúde, Filemon Silvano, e de que essa demanda não é do vereador, “mas é um anseio da população”, pontuou, e demonstrou insatisfação ao analisar que “parece que estamos enxugando gelo”, destacou, ao criticar a falta de solução ao problema.

Em aparte, a vereadora Rai de Almeida (PT) lembrou que as justificativas que têm sido apresentada para explicar a falta de médicos em unidades de saúde é que alguns profissionais estão pedindo exoneração. “É o que estou sabendo”, disse. 

O vereador Gustavo Pompeo (Avante), também em aparte, disse que está ocorrendo uma briga desde janeiro entre Administração e os profissionais, por conta da exigência de os médicos baterem o ponto. “Eu acho que é uma atitude louvável da secretaria em solicitar a marcação de entrada e saída”, disse.

Cassio “Fala Pira” disse, porém, que o médico “ganha pouco para trabalhar muito” e que, atualmente, ninguém quer “essa bucha”, acrescentou. “Nem os médicos que estão se formando querem trabalhar no SUS, porque não tem incentivo”, disse.

O vereador Paulo Campos (Podemos) salientou que o problema não acontece apenas no Itapuã, mas em outras regiões da cidade. “São vários PSFs que passam pela mesma problemática, eu acho que esse requerimento é extensivo a todos os demais”, disse, ao pedir para discutir o requerimento 681/2021.

PROPOSITURA - No texto aprovado, o vereador Cássio “Fala Pira” lembra que a região do bairro Jardim Itapuã possui “um grande número de moradores que são usuários do SUS” e que a demanda para atendimento é “grande e essencial”. Ele salienta que a situação gera demora no atendimento e estresse para os funcionários por não poderem dar um atendimento à população.

Ele questiona se o Executivo tem conhecimento do que está acontecendo no PSF, qual o número de funcionários efetivos, sendo que, destes, quantos estão de férias ou afastados, qual o Plano Emergencial do Executivo para que seja resposto o médico do PSF e qual a carga horário do médico para atuar no PSF.