17 DE AGOSTO DE 2018
O engenheiro discorreu sobre estudos preliminares de modelos de obras populares que garantem acessibilidade, na colocação de elevadores
Diogo Zambetta apresenta opções de moradias populares
O engenheiro civil, Diogo Zambetta ocupou a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba, na 44ª reunião ordinária de ontem (16), para abordar a temática sobre estudo preliminar entre modelos de obras populares, que além de garantir acessibilidade, na colocação de elevadores, também conferem redução de custos e otimização de áreas do terreno, que podem ser disponibilizadas para outros fins, como lazer e entretenimento.
Zambetta defendeu estudos elaborados pela empresa de sua família, em atendimento ao pedido dos vereadores do PSDB, André Bandeira e Oswaldo Airton Schiavolin, o Tozão, autor do projeto de lei complementar 13/2017, em discussão na Câmara, sobre normas de acessibilidade, apoio, proteção e assistência à pessoa com deficiência e mobilidade reduzida.
Foram apresentados dois modelos, em obra popular, com e sem mobilidade, para um prédio de quatro apartamentos por andar. No modelo tradicional, de quatro andares, sem elevador e o proposto, com torres de sete pavimentos, com elevador, onde foi adotado, para ambos os casos, um terreno de cinco mil metros quadrados.
No modelo tradicional, um apto de 39 metros quadrados, com uma vaga privativa, totalizando 112 unidades, em planta comum, sala, dois quartos, cozinha e banheiro, totalizando sete torres, de quatro pavimentos, para um orçamento de R$ 8 milhões, ao custo unitário, no valor de R$ 80 mil.
No modelo proposto, a mesma planta, de 39 metros quadrados de área privativa, com cinco torres e sete pavimentos, totalizando 140 apartamentos, o custo por unidade cai para R$ 77 mil, sendo que o terreno para os dois empreendimentos é o mesmo.
A consideração é que o modelo com elevador, de sete andares acaba sendo mais econômico, em função da redução dos gastos com a estrutura de fundação da obra, menor gasto com telhado e outros quesitos, além de sobrar área livre devido à redução do número de torres.
Em aparte, o vereador Lair Braga (SD) questionou o sistema do governo federal, no programa Minha Casa Minha Vida, que oferece moradias populares a preços bem diferenciados dos apresentados por Zambetta.
Zambetta encerrou suas considerações enfatizando que estamos criando um problema social no Brasil ao não contemplarmos as pessoas, principalmente idosas, deficientes físicos e todos aqueles que apresentam dificuldades de locomoção, sendo privadas de comprar os pavimentos acima do térreo.
Também considerou que muitos jovens hoje compram apartamentos no quarto andar, mas não pensam no amanhã, quando ficarem idosas. "Teremos milhares de problemas em decorrência dos inúmeros empreendimentos feitos por todo o Brasil. Não se tem pensado no futuro, de acessibilidade para todos. A conclusão é que é possível sim a criação de uma lei para que todas as construções tenham um elevador, desde que se mude a concepção do empreendimento", disse.