"A questão ambiental no Brasil é muito preocupante, a gente está vendo instituto como INPE (Instituto Nacional de Pesquisa), sendo atacado, em pesquisadores com histórias desrespeitadas na fundamentação dos seus dados. Na pesquisa nós temos tantos avanços. Na agricultura tropical o Brasil está na frente, a exemplo do Instituto Agronômico, a Esalq, a Embrapa, sendo que muito do que a gente come é resultado de pesquisa. Um povo sem pesquisa é um povo que perde a sua retórica". Com estes posicionamentos, a vereadora Nancy Thame (PSDB), na 42ª reunião ordinária de ontem (15) ao ocupar a tribuna da Câmara, por 10 minutos regimentais a que cada parlamentar tem para assuntos diversos discorreu sobre a temática ambiental, além de passar por ações de gabinete. 

Nancy Thame também abordou sobre o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), considerando que assim como muitos conselhos, ele também perde espaço para São Paulo, onde não temos mais representantes do Estado, sendo agora dividido por regiões, que falam por nós.

A consideração é que temos uma política ambiental na dianteira, e muito diferenciada na questão de poluição do ar e ruídos sonoros, onde a gente está num momento em que se conseguirmos não dar ré, já ficamos felizes.

Nancy também falou do apoio do ex-presidente Matheus Erler (PTB), e agora do vereador Gilmar Rotta (MDB), nos estudos da LOM (Lei Orgânica Municipal), sendo importante colocar que os departamentos têm dado total apoio, além de informar que tem um grupo trazendo conhecimento para a Casa de Leis.

"São vários capítulos ali que eu acho que é um esforço conjunto. Nós vamos abordar 21 artigos que ficaram para trás, e em mais duas reuniões, os vereadores serão informados. Mas é interessante destacar que, quem vê de fora, não vê trabalho como esse, mas é importante ter uma mesa que apoia, departamentos, ter vereadores. Nós temos ações pontuais, mas é a legislação base que norteia as nossas ações", disse.

Nancy Thame também falou da cooperação social, para o fortalecimento da agricultura familiar, do crescimento e desenvolvimento. Citou as consequências do mundo que a gente está criando. "Nós falamos da cidade sem pensar no rural, como se tivesse uma linha divisória. A agricultura familiar é aquela em que nós temos origem do campo. O instinto de se sentir bem com a natureza é resquício da relação com a terra", disse.