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17 DE OUTUBRO DE 2019

Debate discute espaço da mulher no poder e "vieses inconscientes"


Professora Heliani Berlato apontou dados na educação, no mercado de trabalho e o julgamento direcionado às mulheres.



EM PIRACICABA (SP)  

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Evento ocorreu na manhã desta quinta-feira (17).

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Evento ocorreu na manhã desta quinta-feira (17).

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Evento ocorreu na manhã desta quinta-feira (17).



“Não vamos conseguir mudar o mundo, mas podemos conscientizar quem está ao nosso redor”, disse a professora da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), Heliani Berlato, conselheira da Escola do Legislativo, na manhã desta quinta-feira (17), no ciclo "Mulheres nos Espaços de Poder e Decisão: Política, Trabalho e Empoderamento Feminino".

Heliani detalhou dados sobre mulheres no espaço de poder, sendo 14% em quadros executivos, 11% no conselho de administração e 10% no Congresso e das Câmaras Municipais e Estaduais. As mulheres também representam mais de 50% das pessoas com nível superior desde 1999, mas a participação nos cargos de liderança ainda é baixa.

Segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2016, na educação o sexo feminino representa 16,9% da população com mais de 25 anos com ensino superior completo, enquanto os homens representam 13,5%. “A educação não é suficiente para diminuir a lacuna entre homens e mulheres no mercado de trabalho. É necessário considerar também outros aspectos”, disse a professora.

Já outra pesquisa, de 2018, aponta que o rendimento médio mensal dos homens era cerca de 79% maior que o das mulheres: com R$ 2.460 contra R$ 1.938.

Heliani também comentou o caso do ex-jogador Bruno, que, mesmo tendo condenado por feminicídio, recebeu nove propostas de emprego. “Se fosse uma mulher, ela apenas sairia de lá com fama de ex-presidiária”, disse.

A professora chama essa situação de “vieses inconscientes”, no qual as pessoas podem agir com base em esteótipos sem terem consciência disso e que podem fazer com que tenha implicações para a inserção e inclusão de mulheres no mercado de trabalho.

A conselheira da Escola também citou o “dual career”, uma representividade sobre a carreira de casal, no qual impõe quais os papéis do homem e da mulher em uma relação. “O homem não casa para ter empregada, mas parceira. A mulher não casa para ser sustentada, mas sim, para ter um parceiro”, disse Berlato.

Segundo ela, a maneira quando uma mulher é julgada pelo fato de não querer ter filhos ou passar pouco tempo com eles também é motivo para julgamento. “O único instrumento que a mulher tem contra isso é o conhecimento”, aponta. “Não é meu marido, a igreja e nem minhas roupas que me definem. Apenas eu me defino”, esclareceu.

Ela também comentou sobre a dupla jornada da mulher. “Temos que trabalhar e ainda provar que somos boas em casa”, explicou.

A vereadora Nancy Thame (PSDB), diretora da Escola do Legislativo, enalteceu o fato da mulher já nascer empreendedora. Além disso, ela também esclareceu a região Sudeste é a mais rica do país, mas, ainda assim, é onde tem menos mulheres na política.



Texto:  Fernanda Rizzi
Revisão:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337


Escola do Legislativo Nancy Thame

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