03 DE OUTUBRO DE 2017
"O direito à liberdade de expressão terminou quando violaram o direito à integridade psíquica da criança", argumentou a vereadora.
Coronel Adriana ocupou a tribuna durante a reunião ordinária desta segunda-feira
A vereadora Coronel Adriana (PPS) ocupou a tribuna, durante a 56ª reunião ordinária, nesta segunda-feira (2), para manifestar repúdio à performance "La Bête", apresentada pelo coreógrafo Wagner Schwartz durante a abertura do "35º Panorama da Arte Brasileira", no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no último dia 26.
"Nessa performance, o artista fica nu no meio de pessoas e as estimula a tocá-lo ––o que seria normal se todas as que estivessem ali naquela ocasião tivessem condições de escolher, o que não aconteceu. O público ali presente não era composto essencialmente por artistas, como muitos disseram. Não, havia crianças naquele local, que foram levadas por pais e mães sem poder dizer se queriam ou não participar daquilo", disse Coronel Adriana.
"Uma delas foi incentivada a tocar aquele homem adulto nu. Há filmagens que confirmam isso e fica nítido o constrangimento diante daquela situação. Até que ponto a arte está livre de responsabilidades jurídicas? A máxima diz que 'o direito de um termina quando começa o de outro'. Neste caso, o direito à liberdade de expressão terminou quando violaram o direito à integridade psíquica da criança, que se viu obrigada a participar de um evento inapropriado para sua tenra idade, o que poderá ocasionar sequelas psicológicas para o resto de sua vida", argumentou a vereadora.