06 DE MARÇO DE 2020
Parlamentar abordou programação do Mês da Mulher, iniciada nesta terça-feira
Treze mulheres foram eleitas em Piracicaba em um período de quase dois séculos, lembrou vereadora
"Sem mulher não há eleição", disse a vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (CID), ao comentar que a Câmara de Vereadores de Piracicaba, em um período de quase dois séculos, contou apenas com 13 parlamentares eleitas. O tema veio à tona quando ela utilizou da tribuna da Câmara, na 9ª reunião ordinária, nesta quinta-feira (5), para detalhar as atividades do Mês da Mulher, realizadas até o dia 25, sob organização do seu gabinete e da vereadora Nancy Thame (PSDB).
Para Adriana, "se nenhuma mulher se candidatar em nenhum lugar, ninguém mais se candidatará". Na avaliação da vereadora, é preciso consciência das pessoas que querem o bem do município e estimulem as mulheres a participarem dos processos eleitorais, em qualquer nível. "É tão capaz quanto qualquer homem, não há diferença", completou ela, ao defender a igualdade de gênero.
A vereadora comentou ainda sobre a atividade que abriu a programação da Semana da Mulher, na terça-feira (3), na Esalq/USP, onde a professora da instituição, Heliani Berlato, abordou os dois anos do Grupo de Trabalho Rede de Atendimento e Proteção à Mulher, com a participação de outras mulheres ligadas à temática.
Outro assunto que a vereadora abordou é o projeto de lei 34/2020, de sua autoria, que teve entrada na 9ª reunião ordinária. A intenção é adotar medidas de auxílio às mulheres que se sintam em situações de risco em restaurantes, bares, casas noturnas, entre outros estabelecimentos do ramo.
Uma das preocupações de Adriana é com a violência gerada a partir do uso de aplicativos para relacionamentos. Caso o projeto de lei seja aprovado e depois venha a se tornar lei no município, a vereadora diz que o objetivo é estimular os estabelecimentos a ajudar as mulheres.
Após as declarações de Adriana, o vereador Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), explicou que a composição de uma chapa de candidatos é de 35 nomes, dos quais 24 homens e 11 mulheres. "Cada mulher a menos na chapa, dois homens a menos. A mulher vale o dobro que o homem. O problema é convencer as mulheres a participarem da política. Eu tenho corrido atrás. Mas, assim como não basta ser homem e querer ser vereador, não basta ser mulher e querer ser vereadora. Querer ser é uma coisa, saber ser é outra. Que os partidos apresentem candidatas qualificadas, como a Coronel Adriana e Nancy Thame, e façam realmente um trabalho de destaque em Piracicaba."