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07 DE FEVEREIRO DE 2020

Coronel Adriana protesta contra retirada de placas na Carlos Botelho


Sinalização proibia o estacionamento de veículos na via nos fins de semana, das 22h às 6h. Vereadora afirma que placas foram retiradas para atender à pressão de grupo.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Davi Negri - MTB 20.499 Salvar imagem em alta resolução

Coronel Adriana reproduziu na tribuna a resposta que obteve da Prefeitura






Diante da retirada das placas que indicavam a proibição de estacionar na avenida Carlos Botelho no fim da noite e na madrugada durante os fins de semana, a vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (CID), protestou contra a medida. Na opinião da parlamentar, a decisão do Executivo atende ao interesse de um grupo específico e representa retrocesso no esforço feito por forças de segurança para conter o histórico de problemas na região.

Autora do requerimento 1.1016/2019, aprovado pela Câmara em dezembro, a parlamentar compartilhou a resposta dada pelo Executivo aos seus questionamentos ao ocupar a tribuna durante a 2ª reunião ordinária do ano, nesta quinta-feira (6). Coronel Adriana, que pertenceu ao comando da Polícia Militar antes de assumir mandato no Legislativo, lembrou que a proibição do estacionamento na via passou a valer em 2013, após estudos que envolveram a corporação, a Guarda Civil Municipal e a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes.

"Até 2013, ali era 'um pega para capar', de tanto problema que tinha de segurança pública. E resolvemos de uma forma muito simples: fui eu que sugeri que fossem colocadas correntes na frente das lojas, em reunião com comerciantes e a administração municipal, para as pessoas não terem onde estacionar seus veículos, e placas para permitir à Polícia Militar, à Guarda e à Semuttran fazerem a fiscalização. Só com essas duas medidas resolveu-se o problema da Carlos Botelho", rememorou Coronel Adriana.

Porém, no segundo semestre do ano passado, "um grupo foi lá e simplesmente retirou as placas", segundo a vereadora, sem perguntar se o Conseg (conselho de segurança do bairro) e os moradores queriam que elas fossem removidas. "E o que vai acontecer agora? O afrouxamento. É campo fértil para a reinstalação dos problemas que tínhamos antes", lamentou a vereadora.

A resposta fornecida ao requerimento de Coronel Adriana informa que "o Executivo decidiu promover a retirada da proibição" porque "não tem havido problemas na avenida Carlos Botelho após a retirada das proibições", "os estabelecimentos comerciais que causavam problemas fecharam suas portas" e "os atuais comerciantes se conscientizaram de que é necessário prestar um serviço de modo que não houvesse aglomerações nas vias". "A Semuttran", conclui a Prefeitura na resposta, "estará fiscalizando e orientando constantemente. Havendo necessidade, o assunto poderá ser reavaliado."

Coronel Adriana contestou os motivos apresentados pela Prefeitura para a retirada das placas com a proibição de estacionamento. "É só ver o que ocorre na esquina da Carlos Botelho, perto do posto. É só ver quem consegue passar pela calçada", rebateu. "Você implanta uma solução barata e ela resolve. Chega o ano político e, para atender [um grupo], você mexe nessa solução. Depois que dá problema, tem que começar todo o trabalho de organização de novo", criticou a vereadora.

"As pessoas precisam pôr a mão na consciência de que a cidade tem que andar bem, independentemente de período eleitoral ou não, porque as consequências se prorrogam no tempo e é dificil de solucionar. Levamos dois anos para solucionar a Carlos Botelho. Você oferece uma solução barata e o Poder Público desfaz isso", concluiu



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Imagens de TV:  TV Câmara


Legislativo Adriana Nunes

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