11 DE JUNHO DE 2019
Júnior Roma ministrou curso “Transparência + Participação Popular” na noite desta terça-feira (11), na Escola do Legislativo
A única maneira de ganhar respeito é ampliar a transparência, disse Roma Júnior
Diante das mudanças comportamentais em decorrência da internet, os governos precisam ter nova postura de comunicação. Júnior Roma, consultor em Gestão, Inovação e Data Analytics, defendeu o aprimoramento da relação entre instituições e sociedade no curso Transparência + Participação Popular: o caminho para resgatar a confiança no poder público, nesta terça-feira (11), na Escola do Legislativo.
“A única maneira de ganhar respeito é ampliar a transparência, porque o grande projeto do País, atualmente, é resgatar a confiança nas instituições”, disse. Pós-graduado em Economia Urbana e Gestão Pública pela PUC/SP, destacou que é preciso entender as mudanças provocadas pelas novas formas de comunicação. “O computador gerou algumas facilidades, mas também vai demandando cada vez mais da nossa vida”, diz, ao propor o desafio de pensar sobre a realidade pós-internet.
Roma detalha que a comunicação mais dinâmica criou um indivíduo ávido por informação consistente, rápida e adaptada às suas necessidades. “Ele precisa saber como usufruir dos direitos e expressar sua opinião; precisa ser atendido, orientado, ter possibilidade de falar e saber que prestam atenção ao que diz”, adverte.
O consultor lembra que a Constituição Federal de 1988, definida como “cidadã”, estabelece a publicidade como um dos princípios da administração pública, a qual deve ter “caráter educativo, informativo ou de orientação social”. No entanto, na prática, a amplitude deste direito, muitas vezes, é reduzida à tese de que o “cidadão precisa ser informado”.
“Não adianta o poder público simplesmente pegar o mural que está disponibilizado para o público e colocar na internet, como se isso resolvesse, a mudança precisa ser de comportamento, além das mídias tradicionais, o cidadão tem a possibilidade maior de diálogo”, avaliou Junior Roma.
Na outra ponta da comunicação, o consultor também cobra um posicionamento proativo da sociedade. “Não existe poder público honesto com uma população desonesta e nem um poder público desonesto com uma população honesta. O parlamento é o reflexo da sociedade”, disse.
O curso contou com a participação da vereadora Nancy Thame (PSDB), diretora da Escola do Legislativo, que fez a abertura do evento. “Esse espaço está ligado à dimensão de cidadania proposta na Constituição Federal, buscando o fortalecimento do conhecimento”, disse.