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18 DE ABRIL DE 2023

'Chegou o momento', diz presidente, sobre projeto para elevar teto


Wagnão afirmou que Mesa Diretora apresentará o projeto de lei que eleva o subsídio do prefeito para, com isso, aumentar o teto salarial do funcionalismo público municipal



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Guilherme Leite - MTB 21.401 Salvar imagem em alta resolução

Wagnão concedeu entrevista ao programa "Primeiro Tempo" desta segunda-feira






O presidente do Legislativo piracicabano, Wagner de Oliveira (Cidadania), o Wagnão, disse que "chegou o momento" de a Mesa Diretora da Câmara apresentar o projeto de lei que eleva o subsídio do prefeito para, com isso, aumentar o teto salarial do funcionalismo público municipal, limitado em R$ 15.500 desde 1º de janeiro de 2013.

"Chegou o momento, sim. Faltava coragem para alguém fazer isso e eu, dentro da lei, não tenho medo nenhum de fazer. Posso até não ser reeleito na outra gestão, mas vou deixar tudo prontinho para que a população esteja com os médicos com esse salário, proporcionando maiores benefícios para a cidade", disse Wagnão.

Constitucionalmente, cabe à Mesa Diretora apresentar a proposta que, a partir da legislatura seguinte, reajusta o subsídio pago ao prefeito; ou seja, o aumento, mesmo se aprovado este ano, só valerá a partir de 2025. Mas os efeitos da medida para a valorização das carreiras do funcionalismo, salientou Wagnão, já devem aparecer imediatamente.

"A hora em que houver um concurso, teremos inúmeros médicos que poderão prestar sabendo que em 2025 vão estar ganhando um salário que pelo menos dê melhores condições para eles. O último concurso para médicos teve seis inscritos: três passaram, dois pediram a conta e o último já pediu também", comparou Wagnão.

"E não são só os médicos: o próprio funcionalismo público tem pessoas trabalhando aí que já conquistaram um salário melhor e não podem receber por causa do teto do prefeito. Onde já se viu em uma cidade como Piracicaba, com mais de 400 mil habitantes, um prefeito ganhar R$ 15 mil, um médico ganhar R$ 12 mil?"

Durante a participação no programa "Primeiro Tempo", da TV Câmara, na noite desta segunda-feira (17), o chefe do Legislativo declarou que o congelamento dos subsídios fez Piracicaba "estar nesse caos" no atendimento médico. "O déficit é muito grande e é devido ao salário: um médico hoje entra ganhando R$ 11 mil, enquanto em cidades vizinhas, como Americana, Santa Bárbara e Rio das Pedras, ele ganha R$ 21 mil a R$ 23 mil no começo."

Wagnão disse que o projeto de lei será apresentado "o mais rápido possível". "Quando a gente conscientiza a pessoa do que está acontecendo e do que vai acontecer, acho que não tem sombra para dúvidas. Estamos aqui para trabalhar por Piracicaba, e o contribuinte hoje tem que receber o dinheiro dele de volta em forma de benefícios. Se cabe a nós fazermos, vamos fazer."



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Supervisão:  Rebeca Paroli Makhoul - MTB 25.992
Imagens de TV:  TV Câmara


Legislativo Wagner Oliveira

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