11 DE SETEMBRO DE 2019
Homenagens transcorreram nas dependências do salão nobre Helly de Campos Melges, conforme iniciativa do vereador Pedro Kawai
Câmara reverencia classe artística, na dança, música e artes plástica
Neste ano de 2019, por intermédio do vereador Pedro Kawai (PSDB), no requerimento 108/2019 e decreto legislativo 32/2015, na concessão de homenagens, em quatro segmentos artísticos da cidade, foram entregues 13 condecorações.
Dia Municipal do Artista Plástico (Carlos Alberto Valério, João Benatti e Maria Aparecida Gobet Delfini), Semana da Dança e do Profissional da Dança (Alan Marques, Ana Claudia Magagnin, Thayse Danielle Lopes Siqueira de Andrade e o Grupo Folclórico – Quadripira), Dia da Música (Jacqueline Cristina Lopes de Oliveira) e Thereza Alves) e Semana Musical Victório Ângelo Cobra (Victório Ângelo Cobra e Pedro Alexandrino – ambos in memórian), Fábio Cardoso Monteiro e Roberto Saglietti Mahn).
A reunião solene aconteceu nas dependências do salão nobre Helly de Campos Melges, rua Alferes José Caetano, 834, centro, nesta quarta-feira (11), às 19h30, com transmissão ao vivo pela TV Câmara Canal 8 da Net, TV Digital Canal 60.4 UHF, Vivo Fibra TV Canal 9, youtube/camarapiracicaba, Facebook e pelo endereço eletrônico camarapiracicaba.sp.gov.br
Na formação da mesa de honra, o autor da solenidade e presidente dos trabalhos da noite, vereador Pedro Kawai (PSDB), seguido pela representante do prefeito municipal Barjas Negri (PSDB), a secretária municipal da SemacTur (Secretaria Municipal da Ação Cutural e Turismo), Rosangela Camolese, que na oportunidade fez a leitura bíblica, evocando o livro de Malaquias, 3-18; o representante do presidente da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), Luiz Carlos Furtuoso, diretor cultural da entidade, Palmiro Romani; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Piracicaba, Reinaldo Pousa e o presidente da Comissão de Políticas sobre Álcool e Outras Drogas, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil- Piracicaba), Edenilton Jorge Salvador.
Congratularam pelo evento e agradeceram o convite, justificando ausência por compromissos anteriormente agendados: o presidente da Câmara, Gilmar Rotta (MDB), o primeiro e segundo secretários da Mesa Diretora, consecutivamente, Rerlison Rezende, o Relinho (PSDB) e Wagner Alexandre de Oliveira, o Wagnão (PHS), e o vereador Marcos Abdala (REP).
E, para abrilhantar a solenidade, em comemoração aos 100 anos do músico e compositor Nelson Gonçalves houve a apresentação da música Castigo, de Dolores Duran, interpretada por Antonio Carlos Gobet, acompanhado ao violão pelo professor José Donizete Godoy.
Na sequência da solenidade foi apresentado um vídeo sobre os homenageados da noite. A diretora da Cedan (Companhia Estavel de Dança), Camilla Pupa recebeu a homenagem em representação ao bailarino Alan Marques.
Iniciando o ciclo de saudações, Rosângela Camolese falou em representação ao prefeito Barjas Negri, destacando a importância da entrega das outorgas, que contemplam artistas locais, de uma cidade com mais de 400 mil habitantes, de artistas que só engrandecem o município.
Também destacou a condição privilegiada de Piracicaba, de ser a primeira em saneamento básico, além de se despontar na cultura, sendo muito boa cidade para se morar e envelhecer.
Camolese também referendou a memória de artistas que deixaram seu legado histórico. Além de reconhecer profissionais que projetam a cidade no cenário nacional e internacional. E, concluiu suas considerações reiterando as felicitações do prefeito pelos artistas e, agradeceu o empenho do funcionalismo ligado à cultura e, de pessoas que contribuem para uma cidade mais humana e fraterna.
O vice presidente da Câmara e autor da solenidade, Pedro Kawai saudou a formação da mesa diretiva, cumprimentando a todos, além de evidenciar o papel de Rosangela Camolese em nome de todas as mulheres, no aprendizado de administração da cultura piracicabana.
Também destacou a característica da noite para a Câmara, em semana especial de seu mandato. Além de referendar os 40 anos do Sesc e, apontar ícones da cidade, a exemplo do Rio Piracicaba e o XV de Novembro, que passam pela sensibilização da classe artística.
“Cabe ao poder público e sociedade se unirem para construir a história”, disse kawai, que ainda destacou o papel da Câmara na aprovação da solenidade, citando grandes virtudes do ser humano que é o agradecimento.
Iniciando as homenagens, Jacquelini Cristina Lopes de Oliveira falou em nome dos laureados em sua categoria, e agradeceu a Deus em primeiro lugar e, à Câmara, pelo reconhecimento aos artistas.
Na sequência, João Benatti falou em nome dos contemplados, no segmento dos artistas plástico, saudando a formação da mesa de honra dos trabalhos da noite, lembrando que o artista precisa deste reconhecimento, onde mostra um trabalho e, recebe o retorno da população. Também falou da necessidade de seguir em frente, visto que a arte às vezes é um processo solitário.
No Dia do Profissional da Dança, Ana Claudia Magagnin falou em nome dos laureados e, agradeceu a Deus, à família, ao marido e filha, mãe e tia pelo apoio em suas 'aventuras', na condição de ter viajado, sendo que o bom filho à casa torna.
Também considerou a importância do elenco da Cedan e, do prazer de dividir as experiências vividas. Além de falar do companheiro, também bailarino, que está na São Paulo Companhia de Dança, no que agradeceu a prefeitura pela oportunidade oferecida.
Ana Claudia ainda considerou o dia duplamente especial, na expectativa de estrelar na São Paulo Companhia de Dança. Também deu ênfase à mestra e amiga Camila Pupa, Rosangela Camolese e Pedro kawai, pela realização das homenagens.
Na premiação da Semana Musical Ângelo Cobra, Roberto Saglietti Mahn falou em nome dos homenageados, em palavras de, agradecimento e recebimento da comenda, citando passagem de sua vida, quando fez a escolha por um 'palco iluminado'.
Também citou os grandes seresteiros da cidade, com a missão de carregar a bandeira destes artistas. E, reiterou a condição de Piracicaba ser a terra da seresta. Finalizando, falou da honra na concessão da homenagem. Também ressaltou a realização de show em homenagem a Cobrinha e todos os seresteiros, em músicas ligadas à tradição. E, concluiu cantando o Hino de Piracicaba, à capela, por solicitação do vereador Pedro Kawai, que exaltou a todos a seguir os acordes vocais de Roberto Mahn, reforçado pelas vozes de Thereza Alves e Bolão.
Kawai também falou do quanto foi prazeiroso ouvir o Hino de Piracicaba, durante período de 10 anos que passou no Japão, longe da noiva da Colina, sendo que num determinado dia recebeu fitas K7 enviadas por seu pai, em trabalho musical do Grupo Raça Negra, em reverência às maravilhas de Piracicaba.
Homenageados:
CARLOS ALBERTO VALERIO - nasceu em 1º de junho de 1960 na cidade paulista de Alvares Machado. Iniciou na pintura aos 12 anos pintando painéis na forma de afrescos, na escola onde estudava. Aos 13 desenvolveu a pintura de óleo sobre tela e Eucatex.
De 1979 a 1981 realizou diversos trabalhos e participou de vários eventos através do departamento de artes da Unicamp.
Valério chegou em Piracicaba, no ano de 1998 e, retornou aos trabalhos de óleo sobre tela. De 2009 a 2012 ministrou aulas de pintura no setor de Hemodiálise da Santa Casa de Piracicaba. E, desde 2012 participa do grupo Caipiras do Plein Air.
JOÃO BENATTI – despertou para o gosto à pintura e desenho ainda criança, e foi na escola que encontrou a possibilidade de se desenvolver com aulas de educação artística.
Na juventude, continuou pintando e começou a visitar exposições pela cidade, então percebeu que a observação, a leitura e a prática, eram as maiores aliadas para um iniciante na pintura.
Após um longo período longe das tintas e telas, retomou à pintura e vem praticando há seis anos com um grupo de amigos artistas, chamado Caipiras do Plein Air.
Amante da pintura ao ar livre, Benatti usa a técnica acrílica sobre tela, que permite e exige uma pintura rápida, o que torna o trabalho mais dinâmico e obriga o artista a se descobrir no momento do contato dos pincéis com a tela e a tinta.
Combina as cores em cada trabalho de forma exclusiva, pois cada pintura feita capta um momento único entre natureza tela e artista.
MARIA APARECIDA GOBET DELFINI - nasceu em Piracicaba no ano 1955, casada, mãe de dois filhos e um neto. Autodidata e apaixonada por arte de modo geral. Em 2010 despertou o interesse por algo diferente e desafiador, o Patchwork, especificamente: o Landscape Quilting (Paisagens costuradas) e o Patchwork Figurativo. E, através de pesquisas em livros e outros meios, desenvolveu seu próprio estilo.
A partir de uma foto real da natureza ou do que vier à cabeça e do coração, desenvolve a obra.
Já participou de várias exposições, na conquista de troféus. Maria Aparecida está associada à APAP (Associação Paulista de Artes Plásticas), e participa do grupo Caipiras do Plein Air. Também é membro das comissões organizadoras do salão de aquarelas e salão de belas artes. Hoje mostra a todos que com garra, determinação, persistência e amor ao que faz, realiza seus sonhos.
ALAN MARQUES - iniciou seus estudos aos 14 anos, em Americana, interior de São Paulo. Aos 19 anos, sob os cuidados da maitre de ballet Camilla Pupa foi medalhista de bronze e ganhou uma bolsa de estudos para Vancouver – Canadá, durante o Seminário Internacional de Dança de Brasília.
Aos 23 Anos ingressou no corpo de baile do Ballet Nacional Del Sodre, em Montevideo – Uruguai, por quatro anos, sob a direção do renomado bailarino Julio Bocca, dançando ballets como “Romeu e Julieta”, “Onegin”, “Gisele”, “O Lago dos Cisnes”, entre outros.
Hoje, está de volta à Cedan (Companhia Estável de Dança de Piracicaba), sob a direção de Camilla Pupa, como bailarino, assistente e coreógrafo.
ANA CLAUDIA MAGAGNIN - começou seus estudos de dança na Corpos Ballet, sob a direção de Vania Melo, dando continuidade aos seus estudos na Oficina da Dança, com Marcela Lacreta, Camilla Pupa e Valeria Mattos, em 2010.
Através da audição ingressou no primeiro elenco da Cedan (Companhia Estável de Dança de Piracicaba).
Em 2011, foi convidada a fazer parte do corpo baile da companhia de ballet clássico do Parque Del Conocimiento, em Posadas, na Argentina, sob direção de Laura de Aira. Na mesma Companhia se apresentou como primeira bailarina nos ballets “Gisele”, “Dom Quixote”, “La Bayadere”, “O Lago dos Cisnes”, entre outros.
Em 2014, através de audição na companhia Nacional de Ballet na Argentina, sob direção de Iñaki Urlezaga - também como primeira bailarina dançou os ballets: “O Quebra-Nozes”, “La Tranviata”, “O lago dos Cisnes”, “Gisele”, entre outros.
Em 2017 ingressou no corpo de baile do teatro Argentino e atualmente atua como freelancer em festivais e eventos de dança, juntamente com a Cedan.
QUADRIPIRA – esta manifestação cultural nasceu em 2004, na Estação da Paulista de Piracicaba, junto à ex-plataforma de embarque dos trens, em projeto independente e audacioso de formar o primeiro “Grupo de Dança Folclórica Junina da Melhor Idade”, coordenado pelo professor de educação física, coreógrafo e estilista, Rogério Constantino, idealizador e pioneiro nessa categoria e modalidade.
O Quadripira iniciou bem tradicional e logo recebeu convites das festanças na cidade, envolvendo bairros, escolas, clubes, firmas, eventos, igrejas, entidades, além de cidades da região.
O grupo participou por 10 anos consecutivos representando Piracicaba no “Festival Tradicional Folclórico de Quadrilhas, no projeto “Revelando São Paulo”.
Atualmente, o grupo tem 40 integrantes cadastrados, todos alunos de atividades e projetos de bairros dos grupos da melhor idade, da cidade e região de Piracicaba. Além de títulos conquistados no concurso regional de quadrilhas em 2014, 2015 e vice 2016.
O grupo se enquadra na modalidade de Quadrilha Estilizada Temática, com temas, roupagem e figurinos personalizado, apresentando do estilo tradicional ao moderno, com coreografias e músicas folclóricas, em diferentes temáticas e logotipos criativos a cada ano.
THAYSE DANIELLE LOPES SIQUEIRA DE ANDRADE - piracicabana, professora de educação infantil na Prefeitura Municipal, com formação superior em pedagogia, tem pós-graduação, se especializando em “Ética, valores e cidadania na escola” pela Usp (Universidade de São Paulo).
Participou de muitos cursos, workshops, festivais, congressos, competições e apresentações, incluindo o método Royal e Cubano de Ballet Clássico; Congresso Nacional de Arte Cristã; Festival Nacional de Dança Cristã; Seminário Pedagógico de Baby Classico e Ballet Infantil; Didática do Ensino da Dança; Dança para Professores; Conteúdo Programático de Ballet Clássico baseado na técnica Russa; Organização e método de ensino para Ballet, entre outras participações.
Unindo a Arte e a Educação, Thayse, além de dançar passou a ensinar. Assim, fundou a “Cia dos Ramos”.
O objetivo da criação desta companhia de dança infantil na cidade de Piracicaba é capacitar tecnicamente crianças na dança e aprimorar esta forma de arte na adoração e celebração ao senhor Jesus.
Com baixo custo das aulas, a finalidade também é possibilitar o acesso ao Ballet Clássico às pessoas de baixa renda. Por meio das aulas de dança cristã, crianças têm tido a oportunidade de melhorar o desenvolvimento social, psicológico, físico, intelectual e espiritual, além de aprender a linguagem do movimento corporal dançante de forma lúdica.
Além disso, princípios, condutas e valores bíblicos são reforçados na vida dessas crianças, contribuindo com o processo de formação delas e auxiliando no desenvolvimento de compromisso e responsabilidade com a dança, na vida com Jesus e com a sociedade.
JACQUELINE CRISTINA LOPES DE OLIVEIRA - piracicabana, iniciou seus estudos de teoria musical e violino na Empem (Escola de Música de Piracicaba - Maestro Ernst Mahle), em 1995, aos oito anos, com bolsa de estudos oferecida pela instituição.
Em 2005 começou a lecionar violino na Empem, como professora estagiária. Em 2011, além de integrar o corpo docente da instituição, passou a ser assistente de regência da Orquestra Infanto-Juvenil da Empem.
Jacqueline também foi integrante da Orquestra Filarmônica da Empem (2005) - formada por músicos profissionais - com projeto de duração de 1 ano, participando de diversas apresentações junto ao grupo. Coordenou as atividades artísticas e pedagógicas da Camerata da Empem (orquestra de cordas) por dois anos (2012 e 2013). Além de ser violinista na empresa Musical Essenciale.
Atualmente, é spalla da Orquestra Educacional (desde 2013). E, violinista na OSP Orquestra Sinfônica de Piracicaba, desde 2015.
Ministra aulas de violino, voltadas para alunos de todas as faixas etárias, desde nível inicial até intermediário, seja em grupo ou individual, na ADEC (Academia de Música).
THEREZA ALVES - nasceu em Piracicaba em 7 de fevereiro de 1941. Filha de José Maria Alves e Maria Aparecida da Silva Alves. Cresceu no bairro Vila Rezende. Aprendeu a cantar junto da mãe, ouvindo os programas de rádio. Estudou no Instituto Baroneza de Rezende, onde conheceu o palco.
Sua primeira canção interpretada foi no dia 13 de maio em alusão à abolição da escravatura. Incentivada pela irmã Clemência, era convidada para cantar nas ocasiões musicais da escola.
A partir de então, iniciou-se a paixão pelo palco e pela música. Em 1964 iniciou os estudos na primeira turma da ECA, escola de economia, contabilidade e administração, que se tornou a atual Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).
Formou-se administradora de empresas em 1967. Em 1974, formou-se em ciências contábeis pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo, e especializou-se em administração financeira e pessoal.
Com 15 anos, foi aventurar-se no rádio, no programa de calouros da Rádio Difusora Piracicaba, onde iniciou a carreira artística. Em 1960, depois de ganhar diversos prêmios no programa de calouro da rádio, passou a ter um programa de rádio exclusivo, na própria Rádio Difusora, chamado “Thereza Alves”.
De 1961 a 1969, paralelo ao contrato com a Difusora, passou a viajar a São Paulo, na Rádio Record, programa “Alegria dos Bairros” e Televisão, também na Record.
Na Rádio Bandeirantes, Thereza participou do programa Roda de Violeiros. Em 1961, ganhou o troféu Uirapuru. O prêmio resultou na gravação de uma faixa do LP Roda de Violeiros, onde interpretou a toada Zé Vicente.
Em consequência do prêmio, cada finalista gravou um 78 RPM com duas faixas, onde interpretou Luar do Sertão e a valsa Hino de Piracicaba.
Logo depois, participou de uma faixa do LP Linguagem do Amor. Apresentou-se em aberturas de shows e espetáculos em viagens pelo interior do Brasil junto de artistas famosos da época.
Mudou-se para a cidade de São Paulo em 1969, onde se apresentou em Bares e Boates até 1975. Interrompeu a carreira por conta do nascimento dos filhos e dedicou-se à carreira de contadora e administradora de empresas.
Retorna à cidade natal de Piracicaba em 1991, onde reencontra os amigos músicos. Voltou a se apresentar profissionalmente em bares e casas noturna, acompanhada de músicos piracicabanos que haviam trabalhado junto à rádio, ainda nos anos 60.
Ainda nos anos 90 participa do cenário dos seresteiros. Em 1996, participou da primeira semana Erothides de Campos. Continuou se apresentando em espaços culturais da cidade.
A partir de 2013, montou os shows Pérola Negra e Viva Cartola, onde interpretou um repertório de clássicos da música popular e viajou por Sesc’s e Sesi’s do interior e da capital de São Paulo.
Em 2017, iniciou o projeto Donde eu vim. Em 2018, recebeu o Prêmio Governador do Estado para Cultura, na categoria “música”. Foi eleita com 88,1% do total dos votos, através do voto popular. E participou do Programa Senhor Brasil, na TV Cultura.
FABIO CARDOSO MONTEIRO - piracicabano, músico, cantor, produtor, pesquisador musical e radialista. Iniciou sua carreira na década de 80 junto aos músicos e seresteiros de Piracicaba e região. Realizou a 1ª Edição da “Noite da Seresta” para a administração municipal de Piracicaba, em agosto de 1996.
Idealizador do projeto “Choros e Serestas”, que tem por finalidade a preservação de nossa memória musical, destacando a atuação de músicos e interpretes de Piracicaba e Região, os quais executam trilhas musicais da época de ouro do Rádio Nacional.
No campo das pesquisas, é o responsável pela doação de material didático da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) para a criação da célula tronco do MISP – Museu da Imagem e do Som de Piracicaba.
Produtor e apresentador do programa musical “Pelos Caminhos da Saudade”, na Rádio Educativa FM 105,9, Piracicaba SP.
E membro do COMCULT – Conselho Municipal de Política Cultural de Piracicaba, seguimento: Tradições Populares.
PEDRO ALEXANDRINO – in memoriam - nascido na cidade de Piracicaba no dia 7 de setembro de 1932 e para tristeza da seresta faleceu no dia 16 de novembro de 1991.
Foi casado durante 34 anos com a senhora Francisca Rodrigues Gomes Alexandrino, com quem teve três filhos: Pedro, Mario e Nivea. Também teve sete netos.
Formou-se contador, pela escola de contabilidade Cristóvão Colombo.
O gosto pela música foi desde a infância. Por volta de 1947, começou a frequentar programas de calouros, nas rádios da cidade. Iniciou o aprendizado de tocar violão com um amigo e seu primeiro violão foi adquirido numa transação original; em troca de uma caneta tinteiro.
Participava de tudo quanto era festa, e cantava no coral de uma igreja da cidade, se apresentava onde lhe dessem oportunidade. Cantava em clubes sociais, parque de diversões, casa de amigos, festas de colégios e principalmente fazendo serenatas pelas madrugadas de Piracicaba.
Começou também a atuar em programas de rádio, da emissora local, até 1957, quando foi contratado por uma rádio da Rede Piratininga, que havia se instalado na cidade com grande sucesso. Ali permaneceu vários anos, com programas semanais.
Nos anos 60, foi convidado a gravar vários discos de 78 rotações. Seus maiores sucessos foram, sem dúvida, as gravações das músicas “Salve o XV” e “Sinos do Bom Jesus”.
VICTORIO ÂNGELO COBRA – in memoriam - nasceu em Tanquinho, em 25 de agosto de 1908. Era filho de Antônio e Ana Taddioto Cobra, imigrantes italianos, de Treviso. Foi casado com Rosalina Fisher Cobra, tendo os filhos Rosalvito e Rovil.
Começou sua vida artística aos 14 anos, como integrante do conjunto “Choro Cobra”, no qual atuava como instrumentista e cantor, junto a seus irmãos. Começou tocando pandeiro, depois cavaquinho e violão.
Com um cabo de vassoura imitando violão, ele já fazia serenata para uma namorada da adolescência. Nem imaginava que aquela brincadeira iria virar coisa séria e logo a música tomou conta de sua vida.
Foi leiteiro, marceneiro e fabricante de gaiolas, antes de ingressar no funcionalismo público. Em 1932, juntamente com Mariano, no estúdio da Colúmbia, em São Paulo, foi o primeiro a gravar a canção “Piracicaba”, convertida depois em hino oficial da cidade.
Cantou ao lado de grandes nomes da música popular brasileira. Gravou mais de uma centena de músicas e quatro dezenas de discos. Faleceu em 3 de novembro de 1995.
ROBERTO SAGLIETTI MAHN ou Roberto Seresteiro, nasceu em Piracicaba. Desde pequeno já gostava de cantar, e foi incentivado pelo avô, Amando Saglietti, que é colecionador de discos e livros, a aprecia a música popular brasileira, principalmente da "Época de Ouro".
Na adolescência, passou a freqüentar rodas de choro, samba e seresta na sua cidade natal, tendo contato direto com diversos músicos e cantores da região. Começou a cantar profissionalmente aos 19 anos, em 2003, no evento mensal intitulado "Noite de Seresta", promovido pela prefeitura de Piracicaba.
Desde então, se apresenta regularmente em todo o estado de São Paulo. Seu repertório é formado principalmente por gêneros tradicionais da música popular brasileira, como a valsa, a seresta, a canção, a modinha, o choro, o samba, o samba-canção e o samba-de-breque.
Seu estilo peculiar de canto, que lembra os velhos tempos, somados ao repertório característico e à ênfase na interpretação, acabaram lhe valendo o apelido de "Seresteiro".