
03 DE MAIO DE 2019
Vereadores questionaram, durante a 24ª reunião ordinária, quais atividades a prefeitura realiza para combater a doença
Parlamentares apresentaram questionamentos ao Executivo
A Câmara de Vereadores de Piracicaba, por meio de requerimentos, demonstrou sua preocupação sobre o número de casos de dengue no município. As proposituras foram votadas na noite desta quinta-feira (2), durante a 24ª reunião ordinária, e são de autoria dos vereadores Laércio Trevisan Jr. (PR), Rerlison Rezende (PSDB) e Lair Braga (SD).
No último dia 12 de março, na 10ª reunião ordinária, o vereador Laércio Trevisan Jr. (PR), já havia tido seu requerimento 194/2019 aprovado, no qual solicitou informações do Executivo sobre o número de pacientes diagnosticados com dengue, zika vírus e chikungunya em Piracicaba.
Em resposta ao requerimento, encaminhada no dia 28 de março, a Secretaria de Saúde informou que em 2018 foram confirmados 13 casos de dengue e 6 de chicungunya. Neste ano, de janeiro a fevereiro, 56 casos foram confirmados.
Após a devolutiva, Trevisan Jr., por meio do requerimento de urgência 364/2019, solicitou informações de casos confirmados, porém relacionados a abril deste ano, pois segundo o parlamentar, somente o bairro Cecap/Eldorado está sendo atendido pela empresa Oxitec, empresa responsável pela produção do “Aedes do Bem”, que te como função o controle do mosquito que transmite a dengue.
”Nessa reposta nós obtivemos a informação de que havia aumentado 430% os números de casos de dengue nos primeiros três meses. Então, agora, estou pedindo o balanço deste mês para ver se houve um combate, uma nebulização e alguma providência tomada”, disse Trevisan.
O vereador questionou o motivo de a Oxitec apenas soltar o "Aedes do Bem” na região do Cecap, visto que no Centro, recentemente, foram constatados mais de 3 casos na mesma rua. “Nós precisamos entender por que se paga uma empresa para soltar em um único local e não se solta esse pernilongo do bem na cidade de Piracicaba”, reforçou.
Outro requerimento relacionado ao assunto, também aprovado na 24ª reunião ordinária, foi o 356/2019, de Rerlison Rezende, o Relinho (PSDB). Ele questiona quanto foi utilizado de recursos próprios e repasses estaduais e federais no ano de 2019 para fiscalização e combate a dengue e se há empresa terceirizada para essas atividades, além do uso de campanhas de conscientização.
O vereador Lair Braga (SD) também protocolou um requerimento de urgência, o 362/2019. Aprovada, a propositura reforça o número de casos de dengue na cidade e também questiona sobre o “Aedes de Bem”, porém ressalta sobre a quantidade de fiscalizadores atuando no combate. “O direito à saúde pública encontra-se positivado na Constituição Federal, expressamente nos artigos 6 e 196, sendo um direito social e fundamental”, ressaltou.
Lair confirmou que não tem conhecimento se esse pernilongo do bem está sendo espalhado só no Cecap, porém gostaria que isso fosse desvendado. “O que me preocupa é que a dengue não fica só no Cecap, ela fica em todos os bairros da cidade e em todos os setores. E eu creio que esse serviço está parado, não sei o porquê, talvez com questão econômica”, advertiu.
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