04 DE MAIO DE 2022
Comitiva de Jundiaí conheceu a estrutura adotada pela Câmara Municipal de Piracicaba para garantir acessibilidade a pessoas com deficiência
Comitiva de Jundiaí conhece o programa Câmara Inclusiva
A experiência do projeto Câmara Inclusiva, instituído pela Câmara Municipal de Piracicaba, deverá ser usado como modelo para a implantação de projeto semelhante pela Câmara Municipal de Jundiaí. As etapas para desenvolvimento do projeto foram apresentadas pelo presidente do Poder Legislativo piracicabano, vereador Gilmar Rotta (PP), ao presidente da Câmara de Jundiaí, Faouaz Taha (PSDB), que visitou a cidade nesta quarta-feira (4), com uma comitiva composta também por representantes do Clube dos Surdos e da Prefeitura de Jundiaí.
O Câmara Inclusiva é um braço do programa Parlamento Aberto, criado para garantir acesso a todas as pessoas ao Poder Legislativo. O presidente Faouaz Taha disse que o prédio da Câmara de Jundiaí está em reforma e ele está em busca de experiências de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência, desenvolvidas em outros municípios, que possam ser replicadas.
O presidente Gilmar Rotta explicou como foi a implantação do Câmara Inclusiva, com a formação de uma comissão interna composta por servidores da Casa, que organizou visitas e compilou relatórios de entidades representativas das pessoas com deficiência e dos conselhos municipal e estadual da categoria para definição das adequações que seriam implantadas nos prédios do Poder Legislativo, de forma a vencer as barreiras arquitetônicas, com as reformas estruturais, e também as atitudinais, através do treinamento de servidores e recepcionistas para garantir o atendimento acessível.
A comitiva também visitou as dependências da Câmara para averiguar as adaptações que foram promovidas, como a reforma do Salão Nobre, os banheiros adaptados dos prédios, inclusive com a implantação de pia para ostomizados, as rampas para cadeirantes em todos os setores dos prédios, especialmente no Plenário, com acesso à Tribuna Popular, entre outras adequações.
O presidente também explicou outras medidas de acessibilidade que foram adotadas, como a contratação de empresa terceirizada para interpretação de Libras, cujos intérpretes acompanham todos os eventos e material de comunicação da Casa, os mecanismos de acessibilidade disponíveis no site da Câmara e a garantia de cotas para pessoas com deficiência no quadro de funcionários e estagiários. Os próximos passos, segundo Gilmar Rotta, são a implantação de piso tátil e adequação do entorno da Câmara para a acessibilidade.
“O importante, quando se trata de um tema como esse, é fazer parcerias, conversar com as entidades que cuidam disso para que nós, ao executarmos a acessibilidade, já possamos fazer o certo”, disse Gilmar Rotta. Os participantes do encontro salientaram essa experiência de Piracicaba na inclusão das entidades representativas e das pessoas com deficiência na definição das políticas públicas a serem adotadas, seguindo o lema “Nada sobre nós, sem nós”.
“Foi-nos passada toda a sistematização e o acolhimento das pessoas com deficiência, foi feita toda uma reforma após a escuta das entidades e aí foram feitas as intervenções”, lembrou o presidente da Câmara de Jundiaí. “Saio daqui muito motivado, com muito conteúdo para levar para Jundiaí.”
O assessor de políticas públicas para pessoas com deficiência da Prefeitura de Jundiaí, Marco Antonio dos Santos, destacou a sensibilidade que deve ter o poder público para que as adequações sejam assertivas. “Tudo o que a gente constrói ouvindo as pessoas que sabem das dificuldades, a possibilidade de acertar é maior. A gente leva para Jundiaí esse olhar, a gente vê que Piracicaba deu passos importantes na inclusão das pessoas com deficiência. A Câmara Municipal é a Casa do Povo e tem que atender a todos”, afirmou.
A presidente do Clube dos Surdos de Jundiaí, Irene Mantovani, colocou que essa experiência de Piracicaba também será reivindicada na cidade. “Nesta visita a Piracicaba, foi muito bom ver o Câmara Inclusiva, a importância para o surdo, o cadeirante, o deficiente visual. Nós queremos fazer uma Câmara Inclusiva em Jundiaí também, por isso foi importante esse aprendizado”, avaliou.