22 DE MARÇO DE 2019
De autoria da Coronel Adriana, requerimento 253/2019 foi aprovado em caráter de urgência, na reunião ordinária desta quinta-feira (21)
Parlamentar afirmou que o debate sobre a segurança pública nas escolas é de extrema relevância, principalmente após a tragédia em Suzano (SP)
A Câmara realizará, no dia 3 de abril, às 19h30, audiência pública para discutir a segurança nas escolas públicas do município. A realização do encontro foi solicitada, em caráter de urgência, pela vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (PPS), no requerimento 253/2019, aprovado nesta quinta-feira (21), na 13ª reunião ordinária.
De acordo com a parlamentar, o debate sobre a segurança pública nas escolas é de extrema relevância, principalmente após a tragédia em Suzano (SP). “A escola é um reflexo do que está acontecendo no país, da bagunça generalizada. É a caixa de ressonância da nossa sociedade. Após o episódio na Escola Raul Brasil, o medo está instalado. Recebi informações de que em algumas escolas, até mesmo as diretoras estão reféns do crime”, comentou.
Durante seu discurso na tribuna da reunião ordinária, a Coronel observou que, até mesmo o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), considerado pela vereadora um ‘belíssimo equipamento de prevenção à violência’, está diminuindo na cidade. “Precisamos saber como está sendo feito o enfrentamento dessas questões no nosso município. Será que há efetivo suficiente para a realização da Ronda Escolar em todas as escolas? Precisamos perguntar e receber essas informações, para não deixar que nossas escolas sejam vítimas”, salientou.
O vereador Isac Souza (PTB), enalteceu o trabalho que o Proerd realiza na cidade e questionou as razões do programa estar em declínio. “O Proerd tem um trabalho importantíssimo no Estado de São Paulo. Precisamos saber se o declínio do programa parte da Educação, em não aceitar, ou se é um problema do efetivo da Polícia Militar, em não conseguir aceitar as demandas, já que diversos vereadores tentaram, sem êxito, levar o Proerd até algumas escolas”, enfatizou Isac.
Já o vereador Pedro Kawai (PSDB) disse que a família também precisa estar inserida no debate. “O momento após a tragédia em Suzano é oportuno para, além de cobrar o poder público, de nos perguntar como estamos cuidando dos nossos filhos. A família tem que assumir o seu papel também”, alertou.
O parlamentar acrescentou que, no contexto de Suzano, se a campainha tivesse tocado, provavelmente o aluno não teria sido barrado. “Ele iria entrar, era ex-aluno. A questão vai muito além da segurança. Devemos nos perguntar: será que estamos abraçando nossos filhos? ”, questionou Kawai.
Ele sugeriu ainda, a presença de um profissional do Conselho de Psicologia na audiência para contribuir com esclarecimentos sobre a causa, que, de acordo com ele é ‘primordial’.
“A família está dilacerada. A presença dos pais é de extrema importância no desenvolvimento dos filhos. A ausência da família na criação dos filhos reflete na libertinagem que ocorre nas escolas. Precisamos rever a educação como um todo, desde casa até a escola”, afirmou o vereador Osvaldo Schiavolin, o Tozão (PSDB).
A vereadora Nancy Thame (PSDB) comentou que o conceito de família deve ser pensado de maneira plural para que as ações do poder público tenham resultados satisfatórios. “Não adianta mais nos iludirmos com a ideia de que a família margarina está no país inteiro. Ou enxergamos a família que está diante de nós, que às vezes é liderada pela avó e interage muito melhor do que uma família padronizada, ou estaremos fazendo políticas públicas para um público fictício”, advertiu Nancy.
O Vereador Rerlison Rezende (PSDB), defendeu a convocação das igrejas de diversas denominações na audiência. De acordo com ele, as religiões exercem papel fundamental na educação do país. “A sociedade não é ensinada apenas nas escolas. Ela é ensinada em um lar, na visão de um Deus que traz o melhor para as nossas crianças. Se você levar o seu filho a conhecer Deus, ele vai te respeitar acima de todas as coisas. Por isso as igrejas e todos que tenham afinco com a melhoria do ensino devem estar presentes na audiência pública”, argumentou.
Por meio do requerimento, a Coronel Adriana convoca para a audiência o dirigente regional de Ensino, Fábio Augusto Negreiros, a secretária municipal de Educação, Angela Maria Cassavia Jorge Correa, o comandante do 10º BPM/I (Batalhão da Polícia Militar no Interior), Rodrigo Eval Arena, a comandante da Guarda Civil Municipal, Lucineide Aparecida Maciel Corrêa e o prefeito Barjas Negri.