30 DE MAIO DE 2023
Projeto foi apresentado pelo vereador Laércio Trevisan Jr.; votação nesta segunda-feira foi por 11 votos a 10
Vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) é o autor da proposta
A proposta de criar na cidade o Bolsa-Atirador foi derrubada na Câmara na noite desta segunda-feira (29), na 31ª Reunião Ordinária. Apresentada pelo vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) no projeto de lei 20/2023, ela foi aprovada em duas discussões inicialmente pelos parlamentares, mas recebeu veto do Executivo, que remeteu novamente o texto à Casa para apreciação. Os vereadores acataram o veto por 11 votos a 10 e, conforme o Regimento Interno, seria necessária maioria absoluta, ou seja, no mínimo 12 votações pela rejeição.
A medida contemplaria os atiradores do Tiro de Guerra 02-028 no custeio de despesas básicas. O autor da propositura, Laércio Trevisan Jr., citou como exemplo a cidade de Campinas, onde quem presta o serviço militar recebe um salário mínimo. “Aqui, muitos não têm condições nem de arcar com as despesas mínimas de um vestuário, de um desodorante. Quem passou e fez o serviço militar e não tinha recursos, sabe do que estou de falando”, declarou.
Trevisan Jr. também fez críticas diretas ao prefeito Luciano Almeida (sem partido): “quem pensa como banqueiro não vai pensar neste lado jamais”. Ele também lamentou a mudança de postura do plenário: “é triste ver os que votaram sim na última votarem contra agora”, declarou.
Josef Borges (Solidariedade) defendeu o veto e disse que uma iniciativa como essa é competência exclusiva do Executivo. “Não houve sequer estudo ou levantamento sobre o impacto orçamentário, nem adequação e compatibilidade à LOA, LDO e PPA”, argumentou o parlamentar.
Quem citou a necessidade dos atiradores foi o vereador Paulo Campos (Solidariedade). Na discussão do projeto, ele disse que falta até mesmo café da manhã a quem está alistado. “Faço um apelo para que o prefeito forneça ao menos o café da manhã. Todas as vezes que vou lá são as mesmas reclamações”, solicitou ele.
O vereador Rerlison Rezende (PSDB), o Relinho, declarou que não votaria contra o veto e disse que muitos jovens da Igreja do Evangelho Quadrangular frequentam o Tiro de Guerra. “Essa ajuda é mínima. Nesse período que estão servindo, eles não conseguem trabalhar.”