09 DE OUTUBRO DE 2020
Projeto foi aprovado nesta quinta-feira (8), na 25ª reunião ordinária
Projeto foi aprovado na 25ª reunião ordinária, nesta quinta-feira (9)
Tony Azevedo, artista visual pernambucano e criador do Bloco da Ema, será homenageado pela Câmara com Título de Cidadão Piracicabano. O projeto de decreto legislativo 28/2020 foi aprovado em discussão única nesta quinta-feira (8), na 25ª reunião ordinária. Ele é conhecido pela criação do Bloco da Ema, um dos mais populares no Carnaval de Piracicaba.
Filho de Aurinéia Azevedo de Souza e Aguinaldo Gomes de Souza, Marco Antônio Azevedo de Souza nasceu em 2 de janeiro de 1964. Cresceu imerso na cultura pernambucana, acompanhando os desfiles carnavalescos dos blocos La Ursa, Caipora do Mestre seu Mariano, Caboclinos, Maracatus Rurais e Maracatus do Baque Virado.
Na escola, Tony tinha o costume de fazer desenhos e mostrá-los aos colegas e professores. Em uma dessas ocasiões, o professor e artista Flávio Gadelha teve contato com seus desenhos e o apresentou ao artista João de Barro. Com o auxílio dos artistas, ele cursou desenho e pintura e aprimorou seus conhecimentos.
Em 2004, o artista começou a apresentar seus trabalhos em exposições individuais e coletivas do Recife e outras localidades. À procura de locais para expor suas obras, Tony conversou com Antônio Patriota, que passou para ele uma lista de lugares que realizam exposições, entre eles a Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, em Piracicaba, onde, após contato com a direção do espaço à época foi selecionado para uma exposição individual.
Tony veio a Piracicaba com o intuito de expor seu trabalho e permaneceu na cidade até o fim do evento. Após o término da exposição, ele voltou para Pernambuco, onde permaneceu até 2005, e depois decidiu retornar para Piracicaba, fixando residência na cidade.
Durante sua trajetória, Tony realizou vários cursos, entre eles, o de extensão plástica, na Faculdade Federal de Pernambuco, o do Grupo de Gravadores Guayanase, em Olinda, o de gravura, no Museu Lasar Segall com Paulo Penna e o de gravura em metal com Humberto Maçal, no Centro Cultural de Belém.
Em Piracicaba, Tony é conhecido por integrar os grupos culturais Congada do Divino Espirito Santo, Congada de São Benedito, samba de lenço, o batuque de umbigada e o Grupo de Maracatu de Baque Virado, do qual é fundador. Nos grupos, participa de oficinas e cursos para a aproximação de pessoas.
Além do Bloco da Ema, criado em 2004, Tony mantém o Espaço Cultural Bloco da Ema, no qual são expostas peças do acervo do bloco e mostras de arte. O local também recebe cursos e oficinas de arte. Sua intenção em promover ações no Carnaval é a de mostrar aos piracicabanos a cultura nordestina nos festejos populares e contribuir com o Carnaval de rua do interior, por meio de bonecos gigantes que homenageiam figuras históricas de Piracicaba e atividades que evidenciam o frevo, o maracatu e o samba de lenço.
O artista desenvolve atividades nas secretarias municipais da Ação Cultural e Turismo (SemacTur) e de Educação, nos Sescs de Piracicaba e São Carlos, na Escola Waldorf Novalis e no Cedap (Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa), em Campinas.
Ele recebeu premiações nos eventos Revelando São Paulo, Virada Cultural de Piracicaba e de São Paulo, em salões de artes visuais e foi selecionado nos salões de Artes Contemporânea e Joca Adâmoli, da Pinacoteca Miguel Dutra.
O homenageado integrou o grupo que contribuiu para a consolidação do Conselho Municipal de Cultura e, na primeira formação, foi escolhido como conselheiro representante das artes visuais.
Além disso, ministra oficinas de modelagem na argila e xilogravura e coordena um grupo de estudos/pesquisa da gravura.
Durante sete anos, Tony desenvolveu atividades de artes visuais, música e dança com os adolescentes internos da Fundação Casa Rio Piracicaba, além de passeios em mostras de arte e festivais em Piracicaba, Campinas e São Paulo. A ação gerou projetos que foram selecionados na modalidade “Possibilidades Visuais – Modelagem na Argila e Xilogravuras” pelo FAC (Fundo de Apoio à Cultura) e no “Laboratório de Gravuras – Experimentos Gráficos”, do ProAC (Programa de Ação Cultural) municipal.