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01 DE SETEMBRO DE 2017

AR XV poderá frequentar jogos com bandeiras, camisas e faixas


Advogado da torcida organizada apresentou decisão judicial ao ocupar a tribuna da Câmara



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

José Silvestre da Silva esteve na reunião ordinária nesta quinta






Os integrantes da Associação Cultural Esportiva Amor Real ao XV de Piracicaba, conhecida como Torcida Organizada AR XV, poderão frequentar os jogos do time XV de Novembro, realizados no Estádio Barão da Serra Negra, portando bandeiras, faixas, instrumentos musicais, camisas e indumentárias que identifiquem a torcida.

A informação foi transmitida pelo advogado José Silvestre da Silva, que representou a AR XV numa ação judicial e esteve na Câmara nesta quinta-feira, 31, para ocupar a tribuna popular, durante a 48ª reunião ordinária.

A ação surgiu após o Ministério Público basear-se em uma legislação estadual de que vedava determinados procedimentos a todas as torcidas organizadas no Estado de São Paulo. O MP teve como base ainda uma resolução editada pela Federação Paulista de Futebol, de que a medida visa coibir a violência durante as partidas.

A decisão do juiz da 8ª Vara da Fazenda Pública, Luiz Eduardo Medeiros Grisólia, foi por julgar extinto o processo, sem resolução de mérito, uma vez que o MP desistiu do processo.

“Muito se ouve falar das torcidas organizadas, muitos as têm como um grupo de pessoas desordeiras ou afeitas à marginalidade e criminalidade. Esse não é o nosso caso. A torcida demonstra carinho e afeto pelo XV. Não se pode dizer que essas pessoas vão causar ou influenciar que se pratiquem crimes”, declarou o advogado da torcida organizada.

Ele disse que anexou ao processo a cópia do voto de congratulações do vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) ao presidente da AR XV, Antônio Carlos de Sousa Leite, o Carlinhos, que há anos faz um trabalho voluntário no município. O parlamentar parabenizou a torcida pela coragem em “peitar os mandachuvas”.

Sobre o assunto, o presidente da Câmara, vereador Matheus Erler (PTB), informou que remeteria uma cópia do processo a todos os vereadores para terem acesso ao teor da ação.

A vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (PPS), em resposta a um questionamento do advogado sobre o pagamento à Polícia Militar para a segurança nos estádios durante as partidas, informou que a cobrança da taxa foi instituída pelo Governo do Estado em todo e qualquer evento que tenha fins lucrativos. Ela defendeu melhores condições de trabalho para a categoria e lembrou que a decisão é tomada com base nos grandes, sem considerar os clubes menores, manifestando sua posição sobre a revisão da cobrança.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Tribuna Popular Laércio Trevisan Jr Matheus Erler Adriana Nunes

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