04 DE OUTUBRO DE 2019
Piracicaba Ambiental enviou ofício à vereadora, chamando-a de "ignorante", após parlamentar questionar Prefeitura sobre possíveis dívidas e inadimplência da empresa.
Coronel Adriana ocupou a tribuna durante a reunião ordinária desta quinta-feira
A vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (CID), manifestou-se na tribuna, durante a 56ª reunião ordinária, nesta quinta-feira (3), diante do tom da resposta que recebeu da empresa Piracicaba Ambiental, alvo de diversas queixas recentes feitas por parlamentares em sessões na Câmara.
Responsável pelos serviços de coleta e tratamento do lixo na cidade, a firma enviou ofício à parlamentar após Coronel Adriana ter apresentado o requerimento 758/2019, aprovado no último dia 26, pedindo à Prefeitura informações sobre o contrato de parceria público-privada mantido com a Piracicaba Ambiental.
Embora o questionamento tenha sido dirigido à administração municipal, a empresa enviou resposta formal à vereadora. "Recebi um ofício vindo da Ambiental, muito grosseiro, me criticando por ter feito um requerimento, em que nada mais fiz do que perguntar a aqueles que têm por função fiscalizar o contrato da PPP se o estavam fazendo", disse Coronel Adriana.
"Eu estava simplesmente perguntando: 'O senhor, que tem o dever de fiscalizar, está fiscalizando e, se está, por que os serviços estão sendo executados dessa forma?'. Eu tenho o direito e o dever de perguntar. Não pergunto com gritaria ou ilações; eu pergunto com base em material que pesquisei e que está ajuntado ao requerimento", continuou, reforçando que não pode aceitar que lhe "cerceiem o direito de perguntar".
Na propositura aprovada em plenário, a vereadora indaga se a Ambiental tem dívidas, se possui multas ou impostos atrasados e se está inadimplente com a Previdência Social de seus funcionários. "Se há indícios, tenho o direito de perguntar, e quem tem o dever de fazer que me responda. É para isso que fui eleita", afirmou Coronel Adriana, que repudiou a forma como foi tratada pela Ambiental.
"Me chamaram de 'ignorante' no ofício. Eu nem perguntei para a empresa, estou perguntando para a Prefeitura! Sempre que tiver indícios, sem ficar acusando levianamente, vou questionar, pois analisei o contrato inteiro da Ambiental e existem obrigações para todas as partes: à agência reguladora, ao comitê gestor, à Prefeitura e à empresa, que é uma parceria público-privada", concluiu.