24 DE ABRIL DE 2018
Vereadora classificou como grave mudança sugerida por deputado
Parlamentar ocupou a tribuna da Câmara na 22ª reunião ordinária
A vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (PPS), comentou a lei sancionada pelo presidente Michel Temer (MDB) que aumenta as penas para crimes praticados com explosivos. Ela ocupou a tribuna da Câmara para comentar sua preocupação com outra medida em tramitação na Câmara dos Deputados (o projeto de lei 7.024/2017), que deu origem à moção de repúdio 58/2018, de sua autoria, aprovada em discussão única em plenário nesta segunda-feira (23), na 22ª reunião ordinária.
Sobre o assunto, ela citou o projeto de lei 7.024, de março de 2017, que está na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, e trata do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. "Se for aprovada, as consequências serão sentidas como cão aqui. Pois teremos a liberação de 1.500 presos", disse.
Pelo texto, ficam nulas as sentenças condenatórias, fundamentadas exclusivamente no depoimento de policiais, disse Adriana. "É de uma gravidade enorme para toda a nossa Nação. Então, com duas linhas, é capaz de fazer uma mudança deste naipe, e esses projetos passam, e é por isso que vivemos essa desordem social", classificou a vereadora.
O problema, segundo Adriana, é que não se pode utilizar o depoimento do policial para uma condenação. "Coloca a palavra do policial como se fosse lixo", lamentou. "Tenho certeza que os trabalhadores brasileiros não querem isso aqui", completou.
No texto da moção que seguirá para a Câmara dos Deputados, a vereadora informa que atualmente 32.6% dos presos no país são por tráfico de drogas, 74% das prisões tem como provas somente o depoimento de policiais, no qual 91% dos processos decorrentes dessas prisões terminam em condenações.
A moção da vereadora, endereçada ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, será enviada com cópia ao deputado federal José Augusto Rosa (Capitão Augusto).