28 DE FEVEREIRO DE 2020
Em entrevista à TV Câmara, vereador comentou sobre projeto de lei complementar de sua autoria, aprovado pelo Legislativo e que agora aguarda sanção do prefeito.
Marcos Abdala concedeu entrevista ao vivo ao programa "Primeiro Tempo" nesta quinta-feira
Com ampla repercussão nas redes sociais, a aprovação, pela Câmara de Vereadores de Piracicaba, da proposta que restringe a queima de fogos de artifício no município "veio como um alívio à população", na avaliação do vereador Marcos Abdala (REP), autor do projeto de lei complementar 10/2019.
Votado em dois turnos pelo Legislativo, o texto aguarda sanção do prefeito Barjas Negri (PSDB), a quem também caberá regulamentá-lo. A norma proíbe o manuseio, a utilização, a queima e a soltura de fogos de estampidos e de artifício, assim como quaisquer artefatos pirotécnicos de efeito sonoro ruidoso, nos eventos realizados em ambientes fechados e abertos, em áreas públicas ou privadas.
"Houve milhares de compartilhamentos e apoios desde que foi aprovada essa lei, que veio ao encontro do anseio da sociedade. A cada evento festivo, com o estouro de rojões, eu recebia centenas de mensagens de pessoas se manifestando: 'Precisamos da lei'", comentou Abdala em entrevista ao vivo ao programa "Primeiro Tempo", da TV Câmara, na noite desta quinta-feira (27).
O vereador lembrou que a proposta foi objeto de conversas que ele manteve com vários setores da sociedade desde o início de seu mandato. "Foi uma lei que debatemos por mais de dois anos na Casa e buscamos pareceres de várias comissões, todos favoráveis. Houve discussões com defensores de animais, entidades que protegem a natureza, familiares de autistas ou com pessoas doentes ou idosas em casa. E também com comerciantes, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil]", disse Abdala.
Para o vereador, a proposta, agora aprovada, servirá como "ferramenta para orientar" a população sobre os benefícios que gerará ao meio ambiente, aos animais e às pessoas em geral. "Nossa lei não é simplesmente 'proibir, pronto, acabou'. Não: vamos orientar e explicar o porquê houve a proibição."
"Não faz mais sentido você fazer uma comemoração, quando seu time marcou um gol, arrebentando altíssimos estampidos, prejudicando o meio ambiente e expelindo gases nocivos. O som afeta pequenos animais, os cães, os gatos, as pessoas autistas e convalescentes. Vamos trocar esse barulho ensurdecedor por fogos de luzes, que trazem mais alegria, ou até mesmo por outra ação social", propôs Abdala.