07 DE MAIO DE 2021
Número insuficiente de profissionais na rede pública motivou questionamentos.
Assunto foi discutido na reunião extraordinária desta quinta-feira
Assunto discutido na 12ª reunião extraordinária, nesta quinta-feira (6), o número insuficiente de médicos na rede pública de saúde motivou cobranças de vereadores à administração municipal. Autor do requerimento 448/2021, não deliberado em razão do término da sessão pelo tempo regimental, Cássio Luiz Barbosa, o Cássio Fala Pira (PL), relatou o que constatou recentemente na UPA (unidade de pronto-atendimento) da Vila Cristina.
"Não tem médico nos prontos-socorros, vi [espera de] 1h30 no da Vila Cristina. O que está acontecendo ali é mais do que desumano, nenhuma providência é tomada nessa questão. Funcionário olha para a gente com cara feia, estamos ali para cobrar o Executivo da cidade. Tem que ser uma coisa rápida, não tem profissional", comentou o parlamentar.
"Centenas de pessoas chegando, deu dó da medica, pessoal pressionando enfermeiras, quem está no atendimento. Estão todos da saúde cansados. Aquilo é uma vergonha, um tapa na sociedade que paga impostos. Tem que tomar uma atitude rápida. Secretário, não dá para resolver problema por telefone, tem que ir lá ver", continuou.
Cássio Fala Pira criticou a demora na construção do hospital de campanha prometido pela Prefeitura para atendimento de casos da Covid-19. "Quando vai sair o hospital novo? Não estamos vendo nada avançando, tudo parado, o que mais escutamos é a terceira onda da Covid", disse.
"É importante que cobremos ações do secretário municipal de Saúde, que aumente o número de médicos, sobretudo na UPA da Vila Cristina, em que a população está sofrendo", endossou o vereador Paulo Campos (Podemos). "Fui eleita para fiscalizar e vamos cobrar. Vamos às UBSs, vamos ao Samu, defender o povo que está sofrendo dia e noite e precisa de atenção", afirmou a vereadora Ana Pavão (PL).
O vereador Wagner Oliveira, o Wagnão (Cidadania), informou as medidas que o secretário municipal de Saúde, Filemon Silvano, está tomando para aumentar o número de médicos da rede. Entre elas, segundo o parlamentar, está a decisão de romper o contrato que a Prefeitura mantinha com a empresa responsável pelos profissionais que faziam plantões nas UPAs.
"Tínhamos uma empresa responsável pelo gerenciamento de 250 plantões médicos nas UPAs na cidade, só que o secretário Filemon cortou esse contrato, feito na administração passada com o oferecimento de R$ 1.280 por plantão, sendo que hoje na praça é de R$ 1.800; ou seja, a princípio os médicos não estão satisfeitos com esse valor", comentou.
"Fomos eleitos para criar leis e fiscalizar, estamos cumprindo nosso papel. Sou um vereador que atua da forma que procuro saber o que está acontecendo, para que a informação não chegue pela metade para a população. Sempre corri atrás na saúde, ver no que posso ajudar", afirmou Wagnão. "Nessa gestão agora estão vindo coisas que estão nos surpreendendo e Piracicaba vai melhorar", acrescentou.