O vereador Laércio Trevisan Jr. (PR), na 21ª reunião ordinária de ontem (19) ocupou a Tribuna da Câmara, por 10 minutos regimentais para discorrer sobre respostas de requerimentos em que a prefeitura começa a se manifestar em decorrências de indagações em nome da população.

O parlamentar elencou fatos quanto à empresa Água do Mirante, em 2017, indicando que ela recebeu R$ 63 milhões, já deduzido as isenções legais e contratuais. "Lembro que estava nesta Casa, em 2012, sendo que votei contrário à PPP (Parceria Público Privada) referente ao esgoto. Na época, foi apresentado um slide dizendo que o custo não seria mais do que R$ 7 milhões ao ano. Passaram-se seis anos. É muito dinheiro, muito preocupante", disse o parlamentar, que também relacionou um dos questionamentos de seu requerimento quanto ao funcionamento dos hidrômetros, sendo que neste período foram substituídos 93 mil aparelhos.

Trevisan Jr. também alertou sobre o processo de transferência dos hidrômetros, sendo que a população sente uma paulada em função da mudança na conta da água, devido à tabela progressiva, o que prejudica a população. "Que bom negócio foi esse? R$ 63 milhões é muito dinheiro. É um alto negócio para quem é dono da empresa", destacou o parlamentar, lembrando que cidades da região, como Rio das Pedras, Mombuca, Águas de São Pedro e Capivari não arrecadam este dinheiro.

Trevisan Jr. também relacionou outras pendências e solicitações da população, como o corte de mato, em respostas do Executivo, que saem pela tangente, sobre os reais questionamentos, observando que em outros setores da prefeitura há carência de recursos financeiros, a exemplo da secretaria municipal do Trabalho, que seria para gerar emprego, que não conta nem com 10% deste valor.

Trevisan Jr. ainda relacionou outros problemas que o município ainda não conseguiu resolver, como o corte de mato e manutenção de praças públicas, como a praça Imaculada Conceição, na Vila Rezende, sendo que a cidade não contrata frente de trabalho para limpeza em geral.

"A prefeitura não efetuou contrato para limpeza de guias e sarjetas, mas seu IPTU veio com acréscimo de 10%, além do acréscimo de impostos devido ao aumento de áreas construídas, sendo que para isso a prefeitura não perde prazo para declarar", disse.

Trevisan Jr. também questionou o papel de entidades que deveriam se pautar na defesa de temas que afetam diretamente a população, do abandono da cidade. O parlamentar reiterou o papel do vereador, na função de fiscalizar, de propor ações voltadas às melhorias da sociedade, com vistas às pessoas, do patrimônio, do trânsito, englobando qualquer área em que está o poder público municipal.

Trevisan Jr. também focou os veículos da prefeitura, todos do ano de 2006 e 2007. Além de falar de questionamentos sobre a ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), sendo que a prefeitura não deu a resposta.

O parlamentar também criticou a inoperância da prefeitura, que levou um ano e quatro meses para pintar uma quadra poliesportiva. "Prá que serve a secretaria de Esportes?", indagou Trevisan Jr. ao citar que foi alugado um prédio de 20 mil reais, no centro da cidade para colocar 10 pessoas lá, em um local que era público, onde não se pagava nada.

"Eu preciso entender o sistema e não concordar com ele, quando a gente percebe que alguma coisa está errada", disse o parlamentar, que concluiu suas observações relacionando melhoramentos que finalmente a prefeitura desencadeou nas dependências do Cemitério da Vila Rezende. "É este  o tipo de resposta que o vereador tem que receber, que é o que a sociedade quer saber", concluiu.