05 DE MARÇO DE 2021
Vereador disse que “muitos empregados do comércio correm o risco de voltar no dia 20 simplesmente para dizer que está demitido”
O vereador Thiago Ribeiro (PSC) usou os 10 minutos destinado aos oradores na 10ª reunião ordinária da Câmara, nesta quinta-feira (4), para lamentar a decisão do Governo de São Paulo de determinar a fase vermelha do plano de combate à Covid-19 em todo o Estado. “Já me causa uma tristeza saber que na próxima segunda-feira (8) estarei vindo ao meu expediente na Câmara e encontrarei o comércio fechado por duas semanas”, disse.
Em sua avaliação, um novo período de medidas mais restritivas para frear a contaminação pelo coronavírus no Estado pode representar o fim de empresas. “Na volta das atividades, muitos dos empregados do comércio e de todos os setores da nossa cidade, correrão o risco de voltar no dia 20, simplesmente para dizer que estará demitido”, aponta.
Ele reclamou que o “Governo do Estado está impondo a situação, simplesmente com a prerrogativa do manda quem pode, obedece quem tem juízo” e lembrou que “temos os pequenos empreendedores com dificuldade em pagar aluguel, fazer a folha de pagamento”.
Thiago destacou que está nas ruas diariamente e verifica que o comércio tem seguido “rigidamente”, pontuou, os protocolos sanitários. “Acho radical demais o fechamento total e, como legislador, eu me sinto na obrigação de defender a vida, lógico, mas também defender a geração de renda. Se eu for favorável ao governador do Estado, estarei contrário à economia da minha cidade”, disse.
A situação das famílias mais carentes também tem sido motivo de preocupação do vereador. “Algumas crianças estão indo às escolas para se alimentar”, disse, ao sugerir o retorno dos kits de alimentação, que, no início da pandemia, eram produzidos para serem doados a pessoas em situação de pobreza.
“É triste nós estarmos nas ruas e recebendo nos nossos locais de trabalho pessoas que estão dizendo que estão passando fome, dizendo assim ‘eu tenho metade de um pacote de arroz que não sei por quanto tempo vai durar’”, disse.
Ele também defendeu que o prédio da antiga UPA (unidade de pronto-atendimento) da Vila Cristina seja usado para criação de novos leitos para os cuidados de pacientes com Covid e destacou que irá acompanhar de perto o retorno das aulas na Educação Infantil, a partir da próxima segunda-feira (8).