03 DE MAIO DE 2024
Dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores foram abordadas por técnico de segurando do trabalho durante suspensão do Expediente da reunião ordinária desta quinta (2)
Alessandro da Silva, Técnico em Segurança do Trabalho do Cerest (à esquerda) e Gustavo Pompeo, vereador
O Expediente da 25ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, na noite desta quinta-feira (2), foi suspenso para a realização de debates sobre as dificuldades e riscos à saúde física e mental que afetam os trabalhadores, em especial aqueles que atuam no trânsito.
A suspensão foi solicitada pelo vereador Gustavo Pompeo (Avante), por meio do requerimento 116/2024, e oportunizou aos presentes o contato com as explanações e dados trazidos por Alessandro da Silva, técnico em segurança do trabalho do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador).
“Que nós possamos colocar avançar e colocar nesse debate, de fato, a saúde do trabalhador plataformizado em foco”, disse o vereador.
“Falar de trabalho é falar de saúde”, disse Alessandro, que destacou a importância da prevenção para que o número de acidentes laborais diminua.
“Pensar no trabalho é pensar em prevenção Como é, hoje, a saúde de um trabalhador de aplicativos? Trabalhar no trânsito, hoje, é um risco muito alto. Dos 32 acidentes de motos com mortes que aconteceram no ano passado, 16 tinham relação com o trabalho. Desses trabalhadores que morreram, tivemos desde jovens abaixo de 24 anos a senhores acima de 55 anos”, disse o técnico de segurança.
Ainda de acordo com ele, no ano passado, foram registrados, na cidade, 8.706 acidentes de trabalho. Deste total, ao menos 25% foram relacionados ao trânsito.
“Acidentes de trânsito sobrecarregam o sistema de saúde. As consequência de um acidente têm longa duração, pois a pessoa pode ficar acamada, o pai e mãe tem que parar para cuidar, tem uma consequência muito grande para as famílias. Se aquela pessoa é quem cuida da família, se ele não tem mais o salário, quem paga o remédio? Esse trabalhador muitas vezes não tem nem alimentos... está acamado, sem salário e sem alimentos. Como ele se cuida e se trata? E se for de longa duração, quem cuida disso?”, questionou Alessandro da Silva.
Durante sua exposição ele também destacou ações realizadas pelo Cerest, no âmbito do Fórum Permanente de Cidadania, Justiça e Cultura da Paz e do Fórum de Educação para o Trânsito, em parceria com instituições públicas e privadas, com foco no combate à precarização do trabalho, na prevenção a acidentes de trânsito, na comunicação educativa e na educação continuada setorial .
Todos os dados e discussões trazidos durante a suspensão do Expediente podem ser revistos, na íntegra, no vídeo acima.