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10 DE ABRIL DE 2018

Requerimento levanta discussão sobre demora nos serviços da Sedema


Propositura cobra informações sobre corte de mato e limpeza em áreas públicas.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Requerimento de Trevisan foi aprovado na reunião ordinária desta segunda-feira






Aprovado na reunião ordinária desta segunda-feira (9), o requerimento 218/2018, do vereador Laércio Trevisan Jr. (PR), levantou discussão sobre a demora da Sedema (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente) na execução de serviços. O documento solicita informações sobre a capinação em guias, sarjetas e calçadas, o corte de mato e a limpeza de áreas públicas no bairro São Dimas.

Trevisan quer saber qual é a programação de capinação e limpeza de áreas como a praça Ludovico Trevisan e o Celasdi (Centro de Lazer do bairro São Dimas). Ele também questiona por que os serviços não estão sendo realizados e pede cópia do contrato firmado pelo Executivo com a empresa responsável.

Ao discutir a propositura, na tribuna, Trevisan comunicou que apresentará novo requerimento questionando os valores do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e de outras contribuições recolhidas pela Prefeitura para comparar se o total de receitas arrecadadas neste ano é de fato menor que o de anteriores. "Alegar que não tem dinheiro está ficando fácil", disse o parlamentar, argumentando ter havido reajuste do IPTU acima da inflação.

Paulo Campos (PSD) sugeriu a realização de uma audiência pública com a presença de José Otávio Menten, titular da Sedema. "Se há uma cobrança generalizada, fica evidente que alguma coisa o prefeito tem que fazer, alguma coisa está errada", ressaltou.

Dirceu Alves da Silva (SD) contou o caso de moradores que solicitaram sua ajuda para conseguir uma máquina para enterrar o corpo de um animal. "Uma secretaria não tem, outra está com duas, três quebradas. Uma prefeitura do porte de Piracicaba não disponibilizar uma hora de máquina não tem nem comentários", criticou.

Aldisa Vieira Marques, o Paraná (PPS), reclamou da demora no atendimento de solicitações encaminhadas por ele no início do mandato, como o pedido por manutenção na calçada da avenida Maria Isabel da Silva Mattos, que vai do Sesi até a rotatória do São Jorge, no Jardim Ipanema. "Pedi pessoalmente ao secretário e ele disse que não pode limpar porque não é dele a calçada, não tem contrato", relatou.

Wagner Alexandre de Oliveira, o Wagnão (PHS), reforçou a fala de Paraná ao contar que a comunidade local também levou essa demanda ao seu conhecimento. "Fiz uma indicação na semana passada e estou aguardando", afirmou.

Gilmar Rotta (MDB) apontou outros problemas relacionados à pasta e afirmou que "tentar decifrar a Sedema está difícil".

"O que mais nos deixa indignados é que, além de não fazerem, não dão resposta. E, quando fazem, não avisam ninguém. Parece que não querem que o trabalho do vereador apareça", completou Lair Braga (SD).

Já Adriana Cristina Sgrigneiro Nunes, a Coronel Adriana (PPS), lamentou o fato de a situação induzir a população a achar que a culpa é dos vereadores. "Precisa-se responsabilizar quem é o responsável de fato. Estamos fazendo a nossa parte, estamos cobrando, pedindo audiência pública, pedindo contrato, mas, infelizmente, as coisas ainda deixam bastante a desejar."

Líder do governo Barjas Negri (PSDB) na Câmara, José Aparecido Longatto (PSDB) analisou a prestação de contas do Executivo e do Legislativo municipais e rebateu a afirmação de Trevisan de que houve aumento de 10% no IPTU pago pelo contribuinte.

Segundo Longatto, a lei complementar 387/2017, aprovada pela Câmara no ano passado, aponta que o valor venal dos imóveis, base de cálculo para o imposto, seria atualizado em 2018 pela variação acumulada do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 1,95%. "A Prefeitura não está 'nadando' em dinheiro. A cidade aumentou, loteamentos novos também foram aumentados e o contrato não foi. Tem que repensar isso", ponderou.

Pedro Kawai (PSDB) defendeu que o debate sobre o trabalho da Sedema deve levar em conta outros aspectos ––por exemplo, se o orçamento e os contratos firmados pela pasta estão conseguindo cobrir as demandas crescentes que surgem nos bairros. "Temos que discutir esses aditamentos e alterações de contrato. As mudanças de metragem, tudo isso tem que ser discutido", afirmou. "Saúde, Educação e Sedema são os três maiores orçamentos do município, tem que ser revisto [o valor destinado a essas pastas importantes]", completou o vereador.



Texto:  Débora Bontorim Saia
Supervisão:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Imagens de TV:  TV Câmara


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