23 DE MARÇO DE 2018
Representantes do Executivo defenderam a viabilidade do empreendimento imobiliário às margens do rio Corumbataí
Comissão de Obras se reuniu com representantes da Prefeitura na manhã de sexta-feira (23)
A Comissão Permanente de Obras, Serviços Públicos e Atividades Privadas da Câmara de Vereadores de Piracicaba se reuniu na manhã desta sexta-feira (23) com representantes da Prefeitura para conhecer detalhes do projeto de lei complementar 15/2017, a Operação Urbana Consorciada Corumbataí, o qual prevê empreendimento imobiliário na região norte do município.
“Devido ao tamanho do loteamento, o Executivo, ainda na gestão passada, entendeu que era preciso definir ferramentas para criar um bairro auto-sustentável”, disse Arthur Ribeiro, presidente do Ipplap (Instituto de Pesquisa e Planejamento de Piracicaba). “Com a operação, a gente pode exigir mais do que se exigiria de um empreendedor em um loteamento normal”, defende.
A previsão é que sejam construídas 3.498 casas, em quatro fases de implantação: 1.174 na primeira; 952 na segunda; 794 na terceira e 578 na quarta etapa. O empreendimento pode chegar a 14 mil moradores, conforme projeção apresentada pelo Ipplap. “Tudo isso será implantado ao longo de dez anos, ou seja, não haverá um impacto imediato”, acrescenta Ribeiro.
Também está prevista a quinta etapa, em área remanescente, o que pode elevar o número de residências. No entanto, as diretrizes da última fase dependerão do traçado para futura implantação do Anel Viário.
Ainda de acordo como PLC 15/2017, o empreendimento imobiliário será destinado a moradores de baixa renda – tendo como intenção atender parte da demanda do cadastro da Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba). No entanto, não será por chamamento, como ocorre em loteamentos populares, mas a partir de negociação de mercado.
Mesmo assim, há a previsão, conforme cada etapa de implantação, de infra-estrutura urbana. Na primeira fase, está prevista a construção de uma UPA (unidade de pronto-atendimento) de porte II, com quatro médicos, assim como unidades de atenção básica, núcleo de apoio à saúde da família (NASF), base para o SAMU, unidade de Educação Infantil, de Ensino Fundamental (Municipal e Estadual), CRAS (Centro de Referência Social), terminal de ônibus e varejão municipal anexo a centro social da comunidade.
O relator da Comissão de Obras, Dirceu Alves da Silva (SD), analisa que a proposta da Operação Urbana Consorciada Corumbataí corrige uma falha histórica de ocupação das regiões periféricas da cidade. “Há bairros que, quando foram criados, não tinha asfalto, luz e nem rede de esgoto, e hoje, além de tudo isso, há a previsão de uma boa infra-estrutura urbana”, disse.
Para o vereador Wagner Oliveira, o Wagnão (PHS), a reunião foi importante para esclarecer o projeto de lei complementar. “Pudemos ver quais são os benefícios que o loteador está oferecendo com este projeto”, disse.
O presidente da Comissão de Obras, vereador Osvaldo Schiavolin, o Tozão (PSDB), destacou a preocupação com a construção de prédios de quatro andares e que não tenham acessibilidade, problema que, segundo ele, já ocorre em empreendimentos voltados à moradia popular na cidade.
“A acessibilidade desta modalidade de edificação é zero, tem escada, mas pessoas com deficiência não tem condição, assim como aquelas, mais idosas, que tem dificuldade de mobilidade”, criticou o parlamentar.
A Operação Consorciada prevê, em grande maioria, a construção de casas, no entanto há uma reserva de 2,78% das edificações na segunda etapa e 2,47% na terceira para modalidades verticais.
Também estiveram na reunião entre representantes da Prefeitura e a Comissão de Obras o procurador-geral do município, Milton Sérgio Bissoli, e o secretário municipal de Obras, Vlamir Schiavuzzo. A partir desta reunião, o colegiado deverá emitir um parecer sobre o projeto e, com a análise concluída, o PLC 15/2017 deve ir à votação em plenário – o que pode ocorrer logo depois da Páscoa, na reunião ordinária do próximo dia 2 de Abril.
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