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14 DE MAIO DE 2019

PPP do esgoto é totalmente lesiva ao município, diz Laércio Trevisan


Vereador que preside Comissão de Estudos do Semae comentou sobre contrato com empresa Águas do Mirante



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Valores começam a se tornar impagáveis, disse parlamentar






O contrato celebrado em 2012 entre o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) e a empresa Águas do Mirante na PPP (parceria público-privada) do esgoto é "totalmente lesivo" ao município. A opinião é do vereador Laércio Trevisan Jr. (PL), que preside na Câmara uma comissão de estudos sobre o assunto, integrada ainda por Pedro Kawai (PSDB), membro, e Paulo Serra (CID), relator. Segundo o parlamentar, o problema fica claro "após estudos e pesquisas".

Trevisan ocupou a tribuna para destacar parte do material encaminhado pela Comissão de Estudos ao Ministério Público. Seu pronunciamento ocorreu nesta segunda-feira (13), na 27ª reunião ordinária. "É preocupante", lamentou.

Segundo o vereador, um dos problemas é a realização do apostilamento fora do que estava previsto no contrato entre a autarquia e a empresa Águas do Mirante. Inicialmente previsto para R$ 1,2 bilhão, o contrato saltou para R$ 1,3 bi após sua vigência e, na sequência, para R$ 1,4 bi, R$ 1,5 bi, R$ 1,5 bi, R$ 1,8 e R$ 1,9 bi. "É o Orçamento total da prefeitura em um ano", disse.

Além desses valores, há outros encontrados pela Comissão de Estudos, relacionados ao reequilíbrio econômico-financeiro. Segundo Trevisan, as cifras correspondem a R$ 560 mil, R$ 566 mil e R$ 214 mil (2016), R$ 154 mil e R$ 388 mil (2018). "Lembro como se fosse hoje, quando um engenheiro da Águas do Mirante veio nesta Casa falando que [o contrato] iria custar em torno de R$ 7 milhões. Era um valor em 2011, o contrato começou em julho de 2012. E já chegou a mais de R$ 2 bilhões", comentou.

Ainda em seu pronunciamento, o vereador lamentou os problemas na EEE (Estação Elevatória de Esgoto) do loteamento Vem Viver, que será desativada pelo Executivo. O vereador visitou a área e produziu um relatório fotográfico, também enviado ao Ministério Público.

Trevisan disse que o Ministério Público também receberá denúncia de que 100 empresas do Distrito Industrial do Uninorte descartam material irregular na lagoa do bairro Santa Rosa.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583
Imagens de TV:  TV Câmara


Legislativo Laércio Trevisan Jr

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