27 DE MARÇO DE 2018
Presidente da Câmara disse que há questões mais importantes no município do que revogar Título de Cidadão
Matheus Erler (PTB) defende Título de Cidadão como "adoção"
O vereador Matheus Erler (PTB), presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, disse que a cidade espera muito mais dos parlamentares do que a revogação do Título de Cidadão concedido ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), em 2013. “Espera que lutemos pela saúde, por uma Praça José Bonifácio mais limpa e onde os moradores tentam teto e alimento”, disse.
Ele fez um comentário sobre o assunto durante a 15a reunião ordinária, na noite desta segunda-feira (26), logo depois do tema ter voltado à discussão com o uso da Tribuna Popular. “Piracicaba espera muito mais do que essa votação. Em todas as sessões eu ouço sobre policiais e cidadãos mortos, então a cidade quer mais segurança, eu ouço sobre a violência contra as mulheres, e a cidade pede que haja mais empoderamento feminino”, acrescentou.
Matheus Erler criticou o grupo MBL (Movimento Brasil Livre), que defende a reforma da Previdência Social, proposta pelo governo federal, “mas Piracicaba não quer essa reforma e Piracicaba quer que as pessoas ainda tenham a possibilidade se aposentar neste país”, disse ao lembrar que membros do grupo defendem também o fim do alistamento militar no Exército Brasileiro.
Ao comentar sobre a tentativa de revogação do Título de Cidadão ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, o presidente do Legislativo piracicabano destacou que, dentro do Direito Brasileiro, não existe a possibilidade de “desadotar”. “Uma vez que uma família adota alguém, não é possível ‘desadotar’, e eu entendo que quando a Câmara aprova um Título de Cidadão a alguma personalidade, ela ‘adota’ essa pessoa”, analisou.
Lembrou, ainda, que quando o ex-presidente Lula recebeu o Título de Cidadão, não havia condenação nem em primeira instância, dentro da Operação Lava Jato, e destacou que, se fosse assim, a Câmara teria que fazer um levantamento para ver todos os outros títulos já entregues a pessoas que, depois, se envolveram em processos judiciais e foram condenadas.