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27 DE MARÇO DE 2018

Piracicaba espera muito mais dos parlamentares, diz Erler


Presidente da Câmara disse que há questões mais importantes no município do que revogar Título de Cidadão



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução

Matheus Erler (PTB) defende Título de Cidadão como "adoção"






O vereador Matheus Erler (PTB), presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, disse que a cidade espera muito mais dos parlamentares do que a revogação do Título de Cidadão concedido ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), em 2013. “Espera que lutemos pela saúde, por uma Praça José Bonifácio mais limpa e onde os moradores tentam teto e alimento”, disse. 

Ele fez um comentário sobre o assunto durante a 15a reunião ordinária, na noite desta segunda-feira (26), logo depois do tema ter voltado à discussão com o uso da Tribuna Popular. “Piracicaba espera muito mais do que essa votação. Em todas as sessões eu ouço sobre policiais e cidadãos mortos, então a cidade quer mais segurança, eu ouço sobre a violência contra as mulheres, e a cidade pede que haja mais empoderamento feminino”, acrescentou. 

Matheus Erler criticou o grupo MBL (Movimento Brasil Livre), que defende a reforma da Previdência Social, proposta pelo governo federal, “mas Piracicaba não quer essa reforma e Piracicaba quer que as pessoas ainda tenham a possibilidade se aposentar neste país”, disse ao lembrar que membros do grupo defendem também o fim do alistamento militar no Exército Brasileiro. 

Ao comentar sobre a tentativa de revogação do Título de Cidadão ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, o presidente do Legislativo piracicabano destacou que, dentro do Direito Brasileiro, não existe a possibilidade de “desadotar”. “Uma vez que uma família adota alguém, não é possível ‘desadotar’, e eu entendo que quando a Câmara aprova um Título de Cidadão a alguma personalidade, ela ‘adota’ essa pessoa”, analisou.

Lembrou, ainda, que quando o ex-presidente Lula recebeu o Título de Cidadão, não havia condenação nem em primeira instância, dentro da Operação Lava Jato, e destacou que, se fosse assim, a Câmara teria que fazer um levantamento para ver todos os outros títulos já entregues a pessoas que, depois, se envolveram em processos judiciais e foram condenadas.



Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337
Imagens de TV:  TV Câmara


Legislativo Matheus Erler

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