O vereador Pedro Kawai (PSDB) homenageou, na tarde desta quarta-feira (16) o Cemitério de Animais “Paraíso do Amigo” pelos 21 anos de fundação. Ele entregou voto de congratulações – aprovado no requerimento 805/2019 – à proprietária do espaço, Myriam Suely Vendemiatti. “É um trabalho muito significativo porque ajuda as pessoas em um momento tão difícil”, disse Kawai. 

Nascida às margens do rio Piracicaba, Myriam disse que, desde criança, ficava intrigada com os corpos de animais jogados no manancial. “Eu ia pescar com o meu pai e meus irmãos, via aquilo e ficava assustada. Por isso, disse a mim mesma que um diria construiria um espaço adequado”, relembrou. 

A fundação do cemitério dos animais, em 8 de outubro de 1998, se deu como resultado das discussões da ECO 92, realizado no Rio de Janeiro, quando após apresentadas pesquisas sobre cemitérios humanos, baseadas na vigilância sanitária e meio ambiente, foi elaborada a primeira lei brasileira para cemitérios de animais, com leis e normas técnicas da ABNT e outros órgãos de preservação. 

Totalmente regularizado, o cemitério foi um empreendimento visionário. Além de contribuir com o meio ambiente, também traz conforto aos proprietários de animais de estimação. O sucesso é tanto que são 42 mil animais enterrados no local, vindos de Piracicaba e região, como das cidades de Limeira, Rio Claro, Americana, Águas de São Pedro, São Pedro, Jaú, Brotas, Santa Barbara D’Oeste, Araras, Tietê e até mesmo da capital do Estado, São Paulo. 

“Eu fico muito feliz em receber este reconhecimento da Câmara porque fazemos tudo com muito carinho e dedicação”, disse Myriam. Ela relata que, além das questões ambientais, também observa valor sentimental em torno do enterro de animais de estimação. “São tantas histórias bonitas que ouvimos daqueles que conviveram com seus animais e o quanto essa relação é benéfica”, disse. 

Ao longo de 21 anos, o Cemitério de Animais Paraíso do Amigo recebeu casos marcantes como, por exemplo, os cães da Polícia Militar que tem local de honra em memória ao Cabo Nick, cão morto por sequestradores, Yuri e Ully, que trabalharam vários anos em inúmeros resgates de crianças e adultos e no policiamento em geral e, mais recentemente, o cão Aruk (pastor Mallinois), que atuava nos aeroportos no controle do tráfico de entorpecentes. 

Também há casos de outros tipos de animais, como Reginaldo, um java-porco de 11 anos que foi criado na mamadeira por uma família de Tupi; o menor Topolino, ratinho vindo da Itália; Willy, o maior dogue alemão do Estado de São Paulo; cinco bodes de estimação; o burrinho Juninho e a mini pônei Bianca.