A defesa do parlamentar é por consumidores que podem estar sendo lesados pela autarquia
O vereador Paulo Campos (PSD) ocupou a tribuna da Câmara, na 11ª reunião ordinária de ontem (14) para defender a urgência em três requerimentos:
214,
216,
222/2019, de sua autoria, que foram aprovados, em questionamentos ao Semae (Sistema Municipal de Água e Esgoto) sobre contas de três munícipes.
Na defesa das proposituras, Paulo Campos citou o requerimento 222, da conta de água de Maria Fernandes Pereira da Silva. "Fico muito preocupado porque ela recebe BPC (Benefício de Prestação Continuada), de 1 salário mínimo por mês, mas a conta de água dela, do mês de fevereiro, é de R$ 1.436. Isso me deixa extremamente preocupado. É uma pessoa que, em setembro, outubro, novembro, não pagava mais do que R$ 100.
"O que podemos efetivamente fazer? Será que o projeto do vereador Trevisan resolverá, nos dará suportes e subsídios para respondermos à população que clama veementemente. Meu Deus, o que está acontecendo? É discrepante, é preocupante.
E, ano que vem, temos eleição, temos que bater de porta em porta pedindo voto e a população está revoltada", disse.
Para a vereadora Adriana Cristina Sgrigneiro, a Coronel Adriana (PPS), isso pode constituir má-fé, ao que Campos concordou que o direito diz que o termo é “má-fé processual”.
O vereador Aldisa Vieira Marques, o Paraná (PPS) lembrou que os 23 vereadores representam as 150 mil casas.
Paulo Serra (PPS) disse que a solução seria a CPI, que resolveria todos os problemas, mas que infelizmente não foi acatada pela Câmara.
O vereador Dirceu Alves (SD) questionou quem tem débito automático, que só vê a surpresa depois?
Para o vereador Lair Braga (SD), no Centro da cidade os restaurantes estavam lavando copo com água mineral. "No Vale do Sol, um senhor com Alzheimer não tinha como tomar banho. No Nova América faltou água. E choveu bastante. O que está ocorrendo?", indagou.
Paulo Campos discordou do argumento do presidente do Semae, José Rubens de que o problema é pontual. Disse que 34 bairros ficaram sem água nesta quinta-feira, de acordo com informações de José Brito, que por diversas vezes utilizou a tribuna popular da Câmara para falar do saneamento de Piracicaba.