O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) elogiou a decisão do conselho curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), anunciada nesta quinta-feira (4), que elevou o valor dos imóveis financiados pelo programa de habitação popular "Minha Casa, Minha Vida" de R$ 130 mil para R$ 145 mil nos municípios que têm de 250 mil a 1 milhão de habitantes ––caso de Piracicaba.

Paiva afirmou que a atualização dos valores, corrigidos com base no INCC (Índice Nacional da Construção Civil) em 13 por cento, "amplia a possibilidade de trabalhadores de adquirirem um imóvel". Segundo o parlamentar, há em Piracicaba uma "demanda reprimida que ultrapassa 5 mil moradias".

O vereador disse não entender por que nos bairros de habitação popular Santa Fé 2 e 3 as 24 casas concluídas há mais de um ano não estão ocupadas por pessoas cadastradas na Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba). Ele propôs convidar o responsável pela autarquia para vir à Câmara explicar a razão de os imóveis permanecerem vazios e quais os critérios de seleção dos futuros moradores.

Paiva lembrou que as casas populares da região não possuem muro de arrimo, o que prejudica a privacidade de quem as ocupará, e solicitou a construção deles. "Não é uma coisa cara", salientou. O vereador ainda questionou que, enquanto houve um investimento de R$ 52 milhões no parque automotivo de Piracicaba ––R$ 47 milhões vindos do governo do Estado e R$ 5 milhões do município––, a área de habitação não recebe a mesma atenção. "Moradia é uma questão indispensável", frisou.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946