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27 DE AGOSTO DE 2018

'Onde está o lazer dessas crianças?', questiona André Bandeira


Pelo menos 22 mil pessoas em Piracicaba têm alguma deficiência física e sofrem com a falta de espaços de lazer adaptados.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Thaís Passos (1 de 13) Salvar imagem em alta resolução

Bandeira se encontrou com as mães Regiane Momesso, Vivian de Oliveira e Bianca Lopes

Bandeira se encontrou com as mães Regiane Momesso, Vivian de Oliveira e Bianca Lopes
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Falta de lazer às crianças com deficiência é crítica na cidade

Falta de lazer às crianças com deficiência é crítica na cidade
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A mãe Bianca Lopes ajuda sua filha Sofia a subir nos brinquedos do parque

A mãe Bianca Lopes ajuda sua filha Sofia a subir nos brinquedos do parque
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Falta de lazer às crianças com deficiência é crítica na cidade

Falta de lazer às crianças com deficiência é crítica na cidade
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Únicos dois brinquedos adaptados da cidade estão no Paraíso da Criança

Únicos dois brinquedos adaptados da cidade estão no Paraíso da Criança
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Únicos dois brinquedos adaptados da cidade estão no Paraíso da Criança

Únicos dois brinquedos adaptados da cidade estão no Paraíso da Criança
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Falta de lazer às crianças com deficiência é crítica na cidade

Falta de lazer às crianças com deficiência é crítica na cidade
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Falta de lazer às crianças com deficiência é crítica na cidade

Falta de lazer às crianças com deficiência é crítica na cidade
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Únicos dois brinquedos adaptados da cidade estão no Paraíso da Criança

Únicos dois brinquedos adaptados da cidade estão no Paraíso da Criança
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Únicos dois brinquedos adaptados da cidade estão no Paraíso da Criança

Únicos dois brinquedos adaptados da cidade estão no Paraíso da Criança
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Únicos dois brinquedos adaptados da cidade estão no Paraíso da Criança

Únicos dois brinquedos adaptados da cidade estão no Paraíso da Criança
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Bandeira se encontrou com as mães Regiane Momesso, Vivian de Oliveira e Bianca Lopes

Bandeira se encontrou com as mães Regiane Momesso, Vivian de Oliveira e Bianca Lopes

Bandeira também conversou com o diretor do Zoológico Municipal, Thiago Vilalta

Bandeira também conversou com o diretor do Zoológico Municipal, Thiago Vilalta
Foto: Thaís Passos Salvar imagem em alta resolução

Bandeira se encontrou com as mães Regiane Momesso, Vivian de Oliveira e Bianca Lopes






Há cinco anos, Regiane Momesso largava seu emprego de auxiliar administrativa numa grande empresa hoteleira para cuidar em tempo integral de sua filha Lavinea, hoje com 5 anos. Ela nasceu com uma má formação congênita que afeta os ossos da coluna e a medula espinhal, o que a faz ter dificuldade para andar sozinha. "Mãe nunca desiste, né?", diz Regiane. "Eles evoluem à medida que a gente vai adaptando tudo."

Segundo o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado em 2010, as pessoas com deficiência representam 20% da população de Piracicaba, sendo 22.465 com alguma dificuldade motora, como Lavinea. Na cidade, no entanto, existe apenas um espaço de lazer adaptado para cadeirantes, no Paraíso das Crianças, que possui apenas dois brinquedos.

Na manhã desta sexta-feira (24), o vereador André Bandeira (PSDB) foi até o local com três mães ––Regiane, Vivan Oliveira e Bianca Lopes–– de crianças com deficiência para acolher cobranças. No último dia 16, o vereador enviou ao Executivo a indicação 2.157/2018, em que pede estudos para instalação de brinquedos adaptados em áreas de lazer, playgrounds e parques do município. Ele tem uma reunião marcada com o secretário de Defesa do Meio Ambiente, José Otávio Machado Menten, para discutir a questão.

"O que a gente está sugerindo é que, além dos equipamentos, haja uma política de conscientização do bom uso e respeito a esses espaços. Boa parte das pessoas com deficiência física na cidade são crianças. Onde está o lazer dessas crianças, onde está a possibilidade de essas crianças se divertirem?", indaga Bandeira.

Já não é a primeira vez que o vereador faz uma solicitação como essa. A primeira foi em 2010, por meio da indicação 1.212/2010. Na época, foram instalados apenas dois tipos de equipamentos, inicialmente na Rua do Porto. Devido ao vandalismo e mau uso dos brinquedos por pessoas não-deficientes, eles foram retirados do local e enviados para o Paraíso das Crianças. No entanto, os brinquedos foram violados novamente, até ficarem desativados por um período.

Thiago Vilalta, diretor do Zoológico Municipal e do Paraíso das Crianças, foi o responsável por retornar os brinquedos adaptados para o parque. De acordo com ele, ainda há casos de uso inadequado dos equipamentos devido à falta de conscientização da população.

ACADEMIAS 100% INCLUSIVAS PARA A CIDADE - Além de solicitar os brinquedos adaptados, desde 2015 Bandeira vem lutando para que as próximas academias a serem instaladas na cidade sejam híbridas, com equipamentos que atendem ao mesmo tempo pessoas com e sem deficiência.

A primeira academia híbrida de Piracicaba, instalada em janeiro deste ano no bairro Piracicamirim, foi um pedido de Bandeira. Ele tem trabalhado por mais quatro academias nesse formato, duas por emendas parlamentares e duas com recursos liberados pela Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude.

O vereador afirma que, muito possivelmente, as duas academias com recursos liberados da secretaria serão instaladas entre outubro e novembro deste ano. As emendas parlamentares ainda não foram liberadas, mas Bandeira diz que está cobrando a ajuda dos deputados que as destinaram, junto à Secretaria de Estado, para que esses recursos fiquem disponíveis.

Desde 2009, a Prefeitura instalou 65 academias ao ar livre, sendo apenas duas adaptadas para cadeirantes, ambas por indicações do vereador. As adaptadas são separadas das academias convencionais e diferentes da híbrida, que também tem o diferencial de atender pessoas com deficiência visual, com informações em braile.

Após conversa com o engenheiro da Sedema (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente), Márcio Antonio Maruko, o vereador afirma que os custos para instalação das academias convencionais e das híbridas estão praticamente se igualando. "Para que instalar [academias] convencionais, quando a gente pode instalar uma híbrida que atende tanto a pessoa com deficiência como sem deficiência?", questiona Bandeira.

A prioridade para instalação dos brinquedos e academias adaptadas é para os locais de grande circulação e que já tenham áreas de lazer instaladas. Bandeira lamenta que a Prefeitura ainda não tenha colocado em prática sua indicação de 2012, em que ele solicitou que o município faça um levantamento da população com deficiência na cidade, assim como sua distribuição geográfica e seu perfil socioeconômico. "Não temos como saber onde há uma maior incidência de pessoas com deficiência, portanto, onde seria prioridade para instalação desses equipamentos adaptados."

As reivindicações para que haja espaços com brinquedos e academias com acessibilidade também partiram do Comdef (Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência). Leandro Catalini, coordenador do conselho, afirma que "a Câmara de Vereadores é a nossa Casa de Leis e é fundamental que ela exerça o seu papel pensando na acessibilidade para todos".

Segundo Bandeira, o principal objetivo com essas iniciativas é de que os parques sejam acessíveis a qualquer pessoa. "Esse é o mote da inclusão: a gente poder ter nos mesmos lugares pessoas com ou sem deficiência interagindo no dia a dia."

(Assista no player à reportagem veiculada pelo "Jornal da Câmara)



Texto:  Thaís Passos
Revisão:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Imagens de TV:  Nathalia Zambrim
Reportagem de TV:  Rebeca Paroli Makhoul - MTB 25.992
Edição de TV:  Nathalia Zambrim


Cidadania André Bandeira

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